A Arquidiocese de São Paulo emitiu uma nota na quarta-feira 14 para criticar o lançamento do filme São Marino, que apresenta a vida de Santa Marina como se ela fosse uma transexual. O documentário em curta-metragem tem narração do padre Julio Lancelotti.
A Arquidiocese está subordinada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e representa a Igreja Católica na região metropolitana de São Paulo.
“A história dos santos católicos deve ser melhor conhecida, e não pode ser interpretada à luz de ideologias que em nada correspondem com o contexto em que viveram, tampouco com os valores e as virtudes por eles testemunhados ao longo de suas vidas”, manifesta a nota, assinada pela assessoria de comunicação da Arquidiocese de São Paulo.
O filme, dirigido pela cineasta Leide Jacob, conta a história de Marino, pessoa trans que teria vivido no Líbano do século 6 e, depois da sua morte, foi canonizada como santa. O documentário tem depoimentos de representantes da comunidade LGBTQIA+.
“Santa Marina era uma jovem órfã de mãe que, para continuar a viver com o pai, que decidiu ingressar em um mosteiro, disfarçou-se de monge e consagrou sua virgindade a Deus. No mosteiro, progrediu nas virtudes, na vida de oração, penitência e caridade”, rebate a nota da Arquidiocese de São Paulo.
“Um grande exemplo de sua alma virtuosa é percebido quando a santa foi falsamente acusada de ter engravidado uma jovem. Podendo defender-se, revelando que, na verdade, era uma mulher, ela silenciou, suportando a provação da calúnia e de humilhações, unindo-as aos sofrimentos de Cristo”, acrescenta o texto.
O documento ainda argumenta que o segredo em torno do gênero de Santa Marina só foi descoberto depois de sua morte.
A visão revisitada pelo filme vem sendo alvo de críticas dentro da comunidade católica brasileira. O Centro Dom Bosco, do Rio de Janeiro, que congrega fiéis da Igreja, publicou um manifesto em que pede que o padre Julio Lancelloti “respeite a santa”.
Veja abaixo o trailer do filme:
Na história das igrejas existe algum político que foi canonizado?
Parabéns à Arquidiocese de S.P. pelo posicionamento.
Pq essa cambada só quer aparecer????? E se não por si próprios vão ao passado de alguém e o esculhambam.
A novidade é a participação do padre. O restante não é novidade. Eles recontam a história atribuindo mentiras e valores distorcidos que nada tem a ver com a vida da pessoa. Não tenho absolutamente nada contra os homossexuais, mas atitudes como essas só dificultam qualquer debate sobre o tema.
Difícil ser católico nessa época em que vivemos. Como se não bastasse um Papa comunista ainda tem padre gay difamando os santos do passado.
Saudade de João Paulo II pra por ordem nessa Igreja.
Tem padres de tudo quanto é tipo. Tem aqueles do bem, que é a maioria, mas tem também os do mal como os pedófilos, bixas, trans, ladrões, traficantes de crianças e mulheres, etc. Esse Lancelot é um dos padres do mal que abriga sem tetos para fins outros que não a ajuda. Normalmente são homens e adolescentes masculinos. Nem precisa continuar neh?
…esse petralha de batina aí…ainda acredita e diz que pedofilia na igreja é algo normal. É mais um bandido…dessa vez…travestido de religioso…
Como esse padre ainda não foi expulso da igreja?
Eu como católico tenho uma tremenda vergonha desse Lancelotti que não considero padre. Tenho nojo, vergonha, asco, desprezo, pessoa abjeta.
A Igreja Católica está numa encruzilhada. Ou apoia os comunistas ou quem não é comunista e de esquerda. Alguns padre ainda acham que o comunismo é bom. Esse debate deve ser aprofundado.
Contrariamente ao que diz o texto, a Arquidiocese de São Paulo, assim como qualquer outra diocese brasileira, NÃO está subordinada à CNBB, que é apenas um órgão consultivo, ao qual os bispos estão filiados, mas sem dever de obediência. Mundo afora, a única subordinação das dioceses católicas é à Santa Sé.