A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) manifestou preocupação com o lobby dos bancos. Lobby é a atividade de influência e pressão, por grupos privados organizados, sobre o poder público, em especial sobre os legisladores (deputados e senadores, no caso).
De acordo com a Abrasel, os bancos querem “aleijar o parcelado sem juros” no cartão de crédito. Seria essa a forma de compensar a limitação ou extinção das taxas de juros no crédito rotativo, de mais de 400% ao ano, único no mundo.
Campos Neto se envolveu em polêmica por comentário sobre juros
O presidente do Banco Central (Bacen), Roberto Campos Neto, chegou a levar um “puxão de orelha” por sua fala a respeito de acabar com o rotativo do cartão de crédito. O episódio aconteceu em 11 de agosto.
De acordo com dados do Bacen, compras no cartão de crédito representaram 20% do PIB do país em 2022. Além disso, são 40% do consumo dos brasileiros, ou R$ 2 trilhões, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Impacto do parcelamento sem juros
Por volta de metade desse total são compras parceladas sem juros. Com o fim da modalidade, a Abrasel “alerta para um prejuízo astronômico na economia”, em especial para consumidores e lojistas.
A Febraban, por sua vez, declara não propor o fim da modalidade. No entanto, defende uma discussão sobre “a grande distorção que só existe no Brasil”, referindo-se ao fato de que o parcelamento sem juros representa metade das compras no cartão.
Quem paga a conta
As instituições financeiras dizem assumir todo o risco de inadimplência do parcelamento sem juros. Do lado dos lojistas, alega-se que os comerciantes também bancam a modalidade, pois pagam a tarifa de intercâmbio, cobrada pelos bancos.
A legislação brasileira deve determinar em breve novas regras para os juros do crédito rotativo, com a votação do Projeto de Lei 2685/22. A discussão em torno do projeto se desenrola desde janeiro, entre governo, Congresso Nacional, bancos e outras instituições interessadas.
Com o retarHaddad na economia mais boas novas em breve.
Devido a perda de receita com o pix,os bancos querem cobrar juros mais altos quando o comerciante antecipa o crédito. Eles perderam muita receita com o pix agora querem a compensação. Eles só vão aceitar o parcelamento sem juros se cobrarem uma tx maior na antecipação do crédito. Tudo coisa de banqueiro faminto.
É ferro na boneca. Sempre assim…
Não existe almoço grátis .
Quando o preço é dividido em varias parcelas ” sem juros” é porque o custo da inflação já está embutido no total.
Ou estou enganado?
Inclusive isso é uma sacanagem com quem paga em parcela única que deveria ter o desconto correspondente como acontece em alguns casos .como no IPTU por exemplo . .
Ou estou errado?
Seria mais honesto ter um valor parcelado e um valor com desconto a vista , correto?
então ficaria um valor X parcelado , e um valor Y a vista .
100% de acordo.
Desde que tenho cartões de crédito, nunca parcelei uma dívida.
Uso os cartões para organizar as minhas compras.
Sei que ao parcelare sem juros, os comercintes já embutem os juros. Assim, quando não tem parcelamento, peço desconto para pagamento à vista. Se não derem, procuro em outro lugar.
Exato, prezado Reinaldo!
A economia é simples: Parcelado a existência de juros remuneratórios que compensem a perda do dinheiro ao longo do tempo por ser recebido em partes e, à vista, a possibilidade de uma taxa de desconto, similar a uma taxa de atratividade, que permite e equilibra o giro imediato do dinheiro recebido em razão das necessidades do vendedor, variável e de acordo com a estratégia da empresa.