A Band rejeitou o pedido de rescisão contratual solicitado pela Liberty Media, proprietária da Fórmula 1, referente ao acordo de transmissão da categoria, relata a Folha de S. Paulo. A emissora confirmou, nesta sexta-feira, 18, que irá manter o compromisso até o fim do contrato, que se estende até 2025.
De acordo com informações obtidas pelo jornal, a Band não aceitou os termos de pagamento propostos pela Liberty Media para encerrar o contrato, que previam quitação ao longo de 2024. Para a emissora, a manutenção das transmissões seria mais vantajosa do que seguir com as condições sugeridas pela empresa.
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Essa situação já chegou ao conhecimento da Globo, que vinha mantendo conversas com a Liberty sobre a retomada da Fórmula 1 a partir de 2025. No evento Upfront 2025, inclusive, prossegue a Folha, uma “brincadeira” entre executivos da Band e da Globo aconteceu quando um carro da categoria foi exibido. O fato alimentou especulações sobre o futuro da transmissão.
A Globo e a Liberty já haviam firmado um acordo para o retorno da Fórmula 1 à emissora carioca em 2025, com detalhes como o número de corridas e a equipe de transmissão já definidos. No entanto, diante das novas circunstâncias, ainda não está claro como o acordo será impactado.
Apesar da situação, a Band pretende seguir com sua cobertura da Fórmula 1 e não planeja abordar publicamente essa reviravolta. O foco, agora, está na captação de recursos durante o Grande Prêmio do Brasil, que será realizado em breve.
Em comunicado, a Liberty Media afirmou que “não há planos de cessar as transmissões da Fórmula 1 pela Band no Brasil até o final de 2024” e que há “várias discussões em andamento sobre os direitos de transmissão para 2025”. A Band, por sua vez, preferiu não se manifestar sobre o tema.
Em relação à “brincadeira” feita durante o Upfront 2025, a Globo esclareceu que nunca anunciou oficialmente a volta da Fórmula 1. “Houve uma expectativa no mercado sobre o retorno da Fórmula 1 para a Globo, e no Upfront brincamos com isso, exibindo a palavra ‘será?’ enquanto um carro de corrida aparecia no palco”, afirmou a emissora.
Prejuízo e ação judicial
A crise entre a Band e a Liberty Media teve início em 2023, quando a empresa enfrentou dificuldades para realizar os pagamentos acordados. Até 2022, as duas dividiam igualmente os valores recebidos dos patrocinadores.
Porém, em 2023, depois de uma proposta do SBT , a Band aceitou arcar sozinha com os custos do evento e se comprometeu a pagar US$ 15 milhões (cerca de R$ 84,3 milhões) por temporada.
Essa mudança no contrato, de acordo com a Folha, gerou dificuldades financeiras para a Band, agravadas por um caso em que uma casa de apostas adquiriu uma cota de patrocínio de R$ 20 milhões, mas não efetuou o pagamento. O resultado foi um prejuízo e em uma ação judicial.
