A Polícia Militar de São Paulo (PMSP) prendeu três bandidos que praticavam assaltos-relâmpago na região do Campo Limpo, zona sul (ZS) da capital paulista. Eles foram identificados depois de cometerem dois crimes na noite da quarta-feira 29.
Tudo começou quando uma médica e o marido, que estavam em um carro, foram abordados pelo trio no Jardim Ingá, na ZS. Os ladrões obrigaram a mulher a ir para o banco de trás do veículo. Em um momento de distração dos criminosos, a vítima correu. Os bandidos efetuaram disparos, chamando a atenção dos moradores. Apesar disso, conseguiram fugir.
Momentos depois, o grupo rendeu outro motorista e o mantiveram refém por cerca de vinte minutos, tempo suficiente para a vítima transferir R$ 2 mil para a conta dos bandidos via Pix — sistema que permite pagamentos instantâneos.
Os criminosos libertaram o homem e fugiram. A PMSP foi acionada e conseguiu localizar o endereço onde o trio estava escondido, por meio do sinal de GPS do celular de uma das vítimas. Com os assaltantes, a polícia apreendeu um carro, dinheiro e celulares. Eles foram levados ao 89º Distrito Policial, do Portal do Morumbi, e presos em flagrante.
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Sequestro-relâmpago
Segundo as informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), nos seis primeiros meses deste ano, ocorreram 206 registros de sequestro-relâmpago, aumento de 39% em comparação ao mesmo período de 2020 (quando o Pix não existia).
A SSP afirma que a base de comparação não é fiel, por isso, houve crescimento expressivo de casos. No ano passado, devido às restrições impostas pela pandemia, as pessoas ficaram em casa provocando uma queda nos índices criminais.
“Nós estamos em uma época de flexibilização da pandemia e, por isso, a comparação é gritante entre 2021 e 2020. O nosso comparativo é com 2019 (quando foram registrados 278 crimes no período)”, observou o diretor do departamento de Polícia Judiciária da capital Albano David Fernandes.