O Exército do Brasil possui nuances pouco conhecidas pelos cidadãos brasileiros. A biblioteca e editora do Exército — conhecida como Bibliex — é uma delas. Fundada em 4 de janeiro de 1882 por Dom Pedro II, pela imperatriz Teresa Cristina e pelo conselheiro imperial Franklin Dória (Barão de Loreto), a Bibliex é uma das bibliotecas militares mais antigas do mundo.
“Durante o século 20, o acervo da biblioteca do Exército já foi considerado o maior com a temática militar da América Latina”, afirmou o coronel do Exército Eduardo Biserra Rocha, diretor e editor-chefe da Bibliex.
Tudo começou quando o Barão de Loreto (também um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras) percebeu que os brasileiros, em especial os integrantes do Exército e os civis, viviam uma escassez de literatura de qualidade.
Assim, o Barão sugeriu à família real uma melhoria na educação da população, por meio da criação de uma biblioteca — foi a primeira vez no Brasil que a proposta de uma instituição como essa foi sugerida aos imperadores.
Foi então que, em janeiro de 1882, os três fundadores se dirigiram ao antigo campo da aclamação, no centro da cidade do Rio de Janeiro, onde estava localizado o quartel general da corte, e realizaram a cerimônia de inauguração. O projeto fez muito sucesso na corte, e contou com o livre acesso a todos os cidadãos interessados.
A editora do Exército
Em 1937, a Bibliex foi reformulada pelo general do Exército Valentin Benício. O general vislumbrou uma modernização na biblioteca, para que o público tivesse acesso a uma literatura produzida pelo Exército. Assim, a instituição tornou-se também uma editora de livros. Em 2022, a Biblioteca do Exército completa 141 anos. Já a editora comemora 85 anos.
Ao inaugurar a Bibliex, os diretores trouxeram diversos livros da Europa para o Brasil, mas não eram todas as pessoas que tinham acesso a publicações estrangeiras. Tempos depois, alguns desses títulos foram entregues à Biblioteca Nacional.
Contudo, a editora também incentivou autores nacionais a começarem a escrever títulos de interesse da instituição, como história geral, história do Brasil, história militar, doutrina e estratégia militar, geopolítica e ciência política. “Temos livros teóricos sem nenhum viés ideológico”, disse Rocha.
Já a gama de autores é composta por intelectuais civis e militares. Entretanto, a Bibliex também compra os direitos de outras obras nacionais e internacionais, quando disponíveis. Além do site de e-commerce, a editora também possui um site institucional em que disponibiliza para qualquer brasileiro a possibilidade de publicar um livro pela Bibliex.
O conteúdo da obra precisa passar por um conselho editorial independente, que analisa o teor das informações contidas na obra, aprovando ou reprovando o livro. “O conselho é composto por civis e militares com notável saber literário”, observou o diretor da editora.
Atualmente, a Bibliex possui em torno de 250 títulos à venda. Desde a sua inauguração, no entanto, já lançou pouco mais de mil livros. A biblioteca de consulta está localizada no mesmo local de inauguração, no Palácio Duque de Caxias, centro Rio de Janeiro, e ainda atende ao público. Já a editora também possui loja física no mesmo local, além de outras seis lojas espalhadas pelo Brasil.
A editora trabalha a partir do orçamento público. Entretanto, todo o valor arrecadado com a comercialização dos livros é recolhido à União por meio do fundo do Exército.
Vocês sabiam que o Brasil tem umas das melhores entidades que pesquisam “novos metais” metalurgia/usinagens dentro do Exército?!?
Tudo começou, não sei precisar exatamente, só sei que é bem antigo…quando Portugal resolveu ceder conhecimento (que trancavam à sete chaves) e montar fabrica no Brasil para confecção de canhões/pregos e dobradiças para os galeões… obra prima tecnológica na época.
Fizeram isso porque o Brasil vinha sendo assediado por outras potencias europeias (invasões) e não dava para esperar as peças virem de Portugal.