Evento mais importante do setor literário no ano, a Bienal do Livro de São Paulo já é considerada a Bienal das Bienais. A edição, retomada após dois anos paralisada por conta da pandemia, bateu recordes em todos os quesitos: teve um publico inédito de 660 mil visitantes e os gastos na compra de livros foram 40% maiores, se comparados à mesma edição na capital paulista em 2018.
Outro dado, divulgado na noite de domingo 10, surpreendeu: a demanda aferida na Bienal foi de sete livros por pessoa. É uma notícia a se celebrar em um país de poucos leitores. Em média, cada comprador gastou R$ 226,94, de acordo com uma pesquisa realizada durante o evento pelo Observatório do Turismo, da São Paulo Turismo (SPturis). Cerca de 72,5% dos visitantes se dirigiram à festa literária decididos a adquirir livros e ver de perto seus autores preferidos.
Criada em 1970, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo viveu uma procura inédita recentemente, antecipada por Oeste: precisou criar uma fila de espera de editoras, redes de livrarias e empresas que buscavam um espaço no amplo pavilhão do Expo Center Norte, em São Paulo. É que o número de expositores bateu os 100%, mas ainda havia interessados. O tradicional grupo Ediouro — das editoras Nova Fronteira, Agir e Petra — foi o último que conseguiu fechar um espaço no evento. Sextante, Intrínseca, HarperCollins, Companhia das Letras, Record, Planeta já tinham confirmado presença.
As pessoas estão aprendendo que a informação não flui por narrativas, ‘ministérios da verdade’, discursos mambembes e outras bobagens do tipo. Um televisor por domicílio? Talvez seja até muito!
Alvíssaras!