Brasil deve ter 2º semestre com muita chuva e tempestades

O segundo semestre de 2023 deve ser marcado pelo excesso de chuvas e por temperaturas extremas, especialmente no Sul do Brasil.

O clima severo deve aumentar com a aproximação do fim do inverno, entre agosto e setembro. O pico das baixas temperaturas deve ocorrer na primavera deste ano.

O fenômeno natural El Niño, confirmado na segunda semana de junho pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), será o grande responsável pelas mudanças nas temperaturas. Contudo, seus efeitos não serão sentidos em toda a extensão do globo logo de início.

A previsão é que o El Niño atinja o seu pico de intensidade durante o último trimestre deste ano. Anomalias causadas por esse fenômeno podem fazer com que a temperatura sofra elevações de 1,5ºC até 2ºC, nos oceanos e nas demais regiões.

Mas as instituições que medem as atividades meteorológicas afirmam que o fenômeno pode se tornar um “Super El Niño”, com mudanças acima dos 2ºC.

O Brasil terá fortes chuvas e tempestades

Os efeitos da anomalia climática devem ser sentidos no Brasil, em especial nas Regiões Sul, Norte e Nordeste. A primeira poderá sofrer com grandes quantidades de chuvas e ocorrência de tempestades.

Em contrapartida, partes do Norte e do Nordeste podem ter uma redução expressiva no volume das precipitações.

Seguindo esse cenário, o segundo semestre tem uma alta probabilidade de eventos extremos acumulados em poucos dias.

Dessa forma, o quadro que se desenha para a segunda metade do ano é propício para a ocorrência de cheias em rios, enchentes, deslizamentos e tempestades, graças ao aquecimento vindo do oceano e o maior volume de chuvas no Sul do Brasil. 

Um dos setores que podem sofrer um grande impacto negativo é o agronegócio. Os prejuízos nas safras de trigo, os atrasos expressivos na semeadura e, consequentemente, a queda na produtividade da safra do ano seguinte também poderão ser sentidos na economia do país.