O Brasil tinha quase 1,5 milhão de trabalhadores por meio de aplicativo de serviços no quarto trimestre de 2022.
O número inclui motoristas, entregadores de comida e outros profissionais, de acordo com uma pesquisa inédita divulgada nesta quarta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse grupo de profissionais corresponde a 1,7% da população ocupada com trabalho na época no setor privado, estimada em 87,2 milhões de pessoas.
Entre os trabalhadores de aplicativos de serviços, a maioria é de motoristas, homens, com idade de 25 a 39 anos e com ensino médio completo ou superior incompleto.
Do total de “trabalhadores plataformizados”, como descreve o IBGE, 47,2% atuava por meio de aplicativos de transporte particular de passageiros (exceto táxi), com 704 mil motoristas.
Em seguida, apareciam os entregadores de comida e outros produtos (com 39,5%), taxistas (13,9%) e trabalhadores de serviços gerais (13,2%).
Rendimento dos trabalhadores de app
De acordo com o levantamento, os trabalhadores de aplicativo tiveram uma renda mensal superior que a média dos demais profissionais no setor privado. Porém, para isso, cumpriram jornadas mais longas.
A categoria obteve uma remuneração menor por hora trabalhada. Enquanto o valor médio pago pela hora de trabalho aos trabalhadores de aplicativo era de R$ 13,3, a renda média dos demais ocupados no setor privado foi de R$ 14,6 por hora, ou seja, 9,8% superior.
A renda média mensal real dos trabalhadores de aplicativo foi de R$ 2.645, com uma jornada semanal média de 46 horas.
Os demais trabalhadores do setor privado tiveram salário médio mensal real de R$ 2.510, mas com carga horária média de 39,5 horas semanais.
“Os trabalhadores plataformizados tinham, em média, uma jornada de trabalho habitual 6,5 horas mais extensa que a dos demais ocupados”, observou o IBGE.
Informalidade
Outra característica da categoria, que revela a precariedade das condições de trabalho, é a informalidade.
Apenas 35,7% dos trabalhadores por aplicativo contribuíam para algum instituto de previdência. Já entre os demais ocupados no setor privado, os contribuintes equivalem a 61,3%.
Isso significa que 64,3% dos profissionais ligados a aplicativos não estavam assegurados pela previdência social.
Sete em cada dez trabalhadores (70,1%) dessa categoria trabalhavam na informalidade, sem ter carteira de trabalho assinada nem possuir Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) para a emissão de nota fiscal.
O índice de informais entre os trabalhadores do setor privado foi mais baixa, de 43,7%.
1,5 milhão de trabalhadores é um prato cheio para os Tribunais do Trabalho!! Os Juízes dessa Excrescência que são os Tribunais do Trabalho devem estar até salivando e não vendo a hora de meter a mão nesse mercado com a desculpa de que irão regular a atividade em benefício do trabalhador!!