Um ato nesta quinta-feira, 25, lembrou os cinco anos da tragédia de Brumadinho em 25 de janeiro de 2019. Por iniciativa do deputado federal Pedro Aihara (Patriota-MG), a Esplanada dos Ministérios amanheceu com 272 cruzes fincadas no gramado, representado o total de vítimas do rompimento da barragem da Vale, em Minas Gerais.
Cada uma das cruzes, colocadas às 7h30, ganhou o nome de um dos mortos. Entre as vítimas do rompimento da barragem na Mina Córrego do Feijão, localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, estavam duas mulheres grávidas.
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O parlamentar Aihara, que é bombeiro e fez parte das operações de resgate das vítimas de Brumadinho, afirmou que a intenção do ato é também de buscar justiça pelos mortos, além de demonstrar a necessidade de aprimoramento das políticas voltadas para mineração no Brasil.
Na ocasião, o agora deputado federal atuou como porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
“Este é um momento de reflexão e solidariedade”, disse Aihara. “Não podemos esquecer as vidas perdidas em Brumadinho, e devemos continuar lutando para que os responsáveis respondam pelo ocorrido e reforçem a segurança para que tragédias como essa não se repitam no futuro.”
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Em 5 anos, ninguém foi punido
As empresas Vale e a alemã Tüv Süd, além de mais 16 pessoas, foram denunciadas pelo rompimento da barragem. Os envolvidos enfrentaram acusações de homicídio qualificado, crimes contra a fauna, crimes contra a flora e crime de poluição.
As investigações não foram concluídas e não houve nenhuma condenação.
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Vale divulga nota
Em nota, a Vale destacou o “seu respeito às famílias impactadas pelo rompimento da barragem” e assegurou que “segue comprometida com a reparação dos danos, o que vem avançando de forma consistente e nas bases pactuadas no acordo judicial de reparação integral e em outros compromissos firmados para indenização individual”.
De acordo com a nota da empresa, a Vale afirma que “nunca se evidenciou nenhum cenário que indicasse risco iminente de ruptura da estrutura”.
E quem é um dos advogados da Vale? Um ser desprezível.