Jairo Souza Santos, conhecido como Jairinho, recentemente demitiu toda sua equipe de advogados e contratou Zanone Manuel de Oliveira Júnior e Fabiano Lopes para defendê-lo no Tribunal do Júri. É o que afirma uma reportagem do jornal O Globo desta segunda-feira, 22.
Zanone, por sua vez, é conhecido por defender Adélio Bispo, que tentou assassinar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com uma faca durante a campanha eleitoral de 2018, e Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, condenado pela morte de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno.
Já Fabiano Lopes é famoso por suas aulas on-line sobre a Lei de Drogas, que diferencia usuários de traficantes e estabelece o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas para prevenção, tratamento e reinserção social.
+ Leia mais notícias de Brasil em Oeste
Zanone e Lopes terão a missão de defender Jairinho, acusado de matar Henry Borel, de quatro anos, em 2021, junto com sua ex-namorada Monique Medeiros. Eles serão julgados ainda este ano por homicídio qualificado, com emprego de crueldade e sem chance de defesa para a vítima.
A troca de advogados ocorreu há uma semana. Os motivos incluem a condenação de Dalledone por crimes financeiros e questões financeiras. Jairinho está preso no Complexo de Gericinó e delegou a defesa ao pai, coronel Jairo Souza Santos.
O coronel Jairo afirmou ao jornal O Globo que a dispensa do advogado Cláudio Dalledone ocorreu por sua condenação por associação criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Dalledone se diz inocente e recorreu da condenação. Também enfrentou medidas restritivas de liberdade, revertidas por habeas corpus.
Leia também: “Família de Édson Davi, menino desaparecido na Barra da Tijuca, faz manifestação”
“Foi um conjunto de circunstâncias que me levaram a trocar de advogados. Mas o principal motivo foram as polêmicas envolvendo o nome do Dalledone”, argumentou Jairo pai. “Diante disso, a família optou por trocar a defesa toda.”
Segundo Dalledone, a família de Jairinho não tinha recursos para a defesa, estimada em R$ 1 milhão, e pediu intimidação de promotores e juízes.
“Eu tive uma conversa derradeira com o coronel Jairo”, disse o advogado ao jornal O Globo. “Não tenho como vencer promessas pouco republicanas, como algumas sopradas no ouvido dele. Esse júri vai custar bastante. E ele deveria angariar valores suficientes para custear a defesa: perícias, peritos, acomodações e diárias de profissionais técnicos, investigação defensiva, analistas e tudo isso.”
Leia também: “Caso Henry Borel: discussões entre advogados e juíza marcam audiência”
“Ele estava entendendo que a repercussão do caso na mídia trouxesse solução financeira para isso”, acrescentou. “Minha conversa com o coronel foi direta e objetiva. Acabamos nos desentendendo na questão financeira. A nossa conversa foi dura e severa. Não vou ser usado como um advogado que bota medo em juiz e promotor. Eu não aceito isso.”
O coronel Jairo, por sua vez, negou veementemente as alegações de Dalledone e disse que jamais fez pedidos “pouco republicanos” e que não está sem recursos. “A defesa do meu filho está longe de custar R$ 1 milhão”, afirmou. “Não chega a um quarto desse valor.”
O jornal O Globo apurou que houve desentendimentos financeiros entre o escritório de Dalledone e a família de Jairinho antes da dispensa.
Leia também: “Em gravação, Monique desejou a morte do pai de Henry Borel”
Autor do livro de poemas Pedaços da Vida, coronel Jairo é ex-policial militar e ex-deputado estadual no Rio de Janeiro. Ficou famoso no noticiário depois de ser preso pela Polícia Federal, em 2018, durante a Operação Furna da Onça, acusado de receber R$ 50 mil mensais para votar conforme os interesses do grupo político do ex-governador Sérgio Cabral. O coronel refuta todas as acusações.
Tuti buona gente… Que máfia.
Estes três piolhentos deveria ir todos presos.
Prepare o bolso, Jairinho! Advogado do Adélio é para quem tem muita grana!