Quedas letais como a que aconteceu com o avião da Voepass em Vinhedo, interior de São Paulo, são raras. O risco de morrer em um acidente aéreo na aviação comercial do Brasil é de um em 80 milhões.
A conclusão é fruto de um estudo publicado pelo no início de agosto Massachusetts Institute of Technology (MIT). Trata-se de uma das mais renomadas instituições de pesquisa de todo o planeta.
O resultado brasileiro coloca o país em um hall em que estão nações como Estados Unidos, Canadá, México, Israel, Catar, Noruega, Suíça, Reino Unido, África do Sul, China, Coreia do Sul, Japão, Austrália e Nova Zelândia. Todas elas alcançaram esse mesmo nível de risco. Ele é cerca de seis vezes menor que a média global, calculada em uma para 13,7 milhões pelo MIT.
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Esse resultado corresponde aos dados coletados sobre os voos entre 2018 e 2022. Ele demonstra uma melhora significativa na segurança na aviação comercial. Em 1976, por exemplo, o risco de morrer em acidente aéreo, considerando o mundo todo, era de um para 350 mil.
Professor do MIT e coautor da pesquisa, Arnold Barnett afirma que os riscos de morte de um passageiro durante uma viagem aérea continua caindo cerca de 7% anualmente. Além disso, ela se torna duas vezes menor a cada década. “A segurança da aviação continua melhorando”, diz.
Mais provável que morrer em um acidente aéreo
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o risco de morrer atingido por um raio no Brasil é de um para 25 mil — ou seja: é 3,2 mil vezes mais provável que a morte de um passageiro em um acidente aéreo. Também há mais chances de ganhar o prêmio máximo da Mega Sena, cuja probabilidade é de uma para 50 milhões, de acordo com a Caixa Econômica Federal.
Com as baixas probabilidades no setor aéreo, as mortes em acidentes são mais comuns quando envolvem transporte terrestre. Segundo o Datasus, 5,4 mil brasileiros morreram atropelados por carro enquanto andavam a pé em 2022. Isso corresponde a cerca de 2 mil mortes para cada 80 milhões de habitantes.
Não tenho medo de viajar de avião, mas também não acredito nessa estatística!