As intensas chuvas que atingem o Rio Grande do Sul já deixaram, pelo menos, dez mortos, 11 feridos e 21 desaparecidos. Também foram registrados 114 municípios afetados, 1.072 desabrigados e mais de 3,4 mil desalojados. O governador Eduardo Leite (PSDB) disse nesta quarta-feira, 1º, que o Estado vive uma “situação de guerra.”
“Os números são imprecisos, à medida que vão aumentar muito”, declarou Leite durante coletiva de imprensa sobre as chuvas. “A crise está em curso. Vai ser pior do que o que aconteceu em setembro do ano passado, infelizmente.”
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Também nesta quarta-feira, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um novo alerta, que significa “grande perigo” por causa das chuvas. O órgão revelou que o volume das precipitações no Estado podem ultrapassar os 100 milímetros já nas próximas horas.
Além disso, a Defesa Civil informou 48 municípios do Rio Grande do Sul que devem ser os mais atingidos pelos temporais com as cheias dos rios. O governo do Estado recomenda a populações em áreas de risco que busquem abrigo em locais seguros, seguindo orientação das autoridades locais.
A Força Aérea Brasileira (FAB) presta apoio às equipes no resgate de famílias que estão presas em áreas de maior vulnerabilidade. Nesta quarta-feira, a corporação resgatou sete atingidos pela enchente na região de Santa Maria.
As missões da FAB ocorreram nos municípios de Santa Maria, Itaara, Agudo e Restinga Seca. Três gestantes foram resgatadas e encaminhadas para hospitais de Santa Maria.
Lula viaja para RS
Nesta quinta-feira, 2, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), irá para o Rio Grande do Sul para analisar a situação que o Estado enfrenta diante das fortes chuvas. Disse querer ajudar, “de forma efetiva, a aliviar situação desse povo”.
“Tem oito helicópteros que não conseguem levantar voo por causa do tempo”, falou Lula em ligação com Eduardo Leite. “Mas estão preparados para ir ao Rio Grande do Sul assim que possível. Também vamos mandar quantos homens forem necessários para ajudar.”
Lula decidiu ir a região depois de Eduardo Leite ter dito que o Rio Grande do Sul vive uma “situação de guerra”. O governador publicou no Twitter/X sobre a nova ligação feita ao chefe do Executivo Federal.
“Falei há pouco novamente com o presidente Lula”, iniciou Leite. “Relatei que estamos vivenciando uma situação de guerra no Rio Grande do Sul. O presidente manifestou sua intenção de vir ao Estado amanhã (2), gesto que é muito bem-vindo neste momento de dificuldade.”
O governador também afirmou que o Estado precisa “participação efetiva e integral das Forças Armadas na coordenação deste momento, que é como o de uma guerra.”
“Não temos um inimigo para ser combatido, mas temos muitos obstáculos para serem superados e precisamos da atuação das Forças Armadas”, acrescentou Eduardo Leite.
Estados prestam apoio
A Defesa Civil de São Paulo enviou integrantes da corporação para ajudar o governo do Rio Grande do Sul. Irão auxiliar na gestão de crise humanitária causada pela forte chuva.
“Os agentes do Estado de SP apoiarão as autoridades gaúchas com a gestão da crise”, disse. “Dada a grande experiência da Defesa Civil do Estado de SP com crises de grande magnitude, os profissionais colaboração com a coordenação de abrigos emergências, logística humanitária, geoprocessamento de dados entre outros.”
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) enviou equipes da Defesa Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado para auxiliar o RS. Ao todo são 34 profissionais.
Além disso, foram encaminhados ao Estado um helicóptero, oito viaturas, 12 embarcações e uma viatura com equipamentos específicos para resgate em deslizamentos.
“Acompanho com preocupação as fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul”, declarou. “Afinal, nós catarinenses sabemos bem a seriedade de uma situação como essa. O povo gaúcho pode contar com a mão amiga de Santa Catarina.”
Essa situação é recorrente no RS, o que governador fez, fora pedir socorro nas épocas das previsíveis crises? A responsabilidade é dele. Teve cidade no RS que precisou fazer vaquinha entre os moradores para construir ponte.
Comunicação através da rede do Musk? Para se ter uma idéia, Caxias está ilhada, não entra e ninguém sai da cidade. Os caminhos estão com graves problemas. Existe uma antiga barragem que praticamente fica dentro da cidade que já escorreu 100% da água pelas comportas e continua subindo. e ameça de rompimento. Nunca se ouviu falar nisto. Os rios aqui em cima da serra continuam com muita água e certamente este super volume chegará soa vales 300 kms abaixo. P.S: internet e até parabólica estão com problemas de sinais. Numa matéria da Record POA envolvendo notíias sobre as cheias os repórteres chegaram numa comunidade o pessoal em vez de falar dos problemas das chuvas, reclamarasm que a prefeitura não calçava a rua apesar dos pedidos feitos por eles várias vezes nos últimos 4 anos… O povo realmente não sabe enfrentar uma catástrofe. Alguém sempre é culpado.