Alan de Barros, empresário que foi expulso de uma padaria em Barueri (São Paulo) por usar notebook, foi preso pela Polícia Federal (PF) por suspeita de fraude milionária de criptomoedas na última terça-feira, 27.
Barros, que tem 32 anos, foi preso temporariamente em Curitiba. Ele ficou conhecido depois de compartilhar o vídeo em que é ameaçado e expulso pelo dono da padaria, em 31 de janeiro.
A operação teve como finalidade combater uma associação criminosa que atua em projetos fraudulentos relacionados ao desenvolvimento de criptomoedas e NFTs.
Polícia Federal também sequestrou bens da suposta quadrilha integrada por Alan Barros
Dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão foram executados nos municípios de Itajaí e Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e em Curitiba e Londrina, no Paraná. A Polícia Federal também sequestrou e bloqueou bens de cinco pessoas e três empresas.
A organização criminosa tinha sede em Balneário Camboriú e desenvolveu diferentes projetos interligados para que investidores adquirissem uma criptomoeda criada pelo grupo como suposto valor vinculado a supostas parcerias com empresas, prometendo altos lucros com corretoras de criptomoedas.
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O lançamento foi feito em uma feira de criptoativos em Dubai, segundo o jornal O Globo. De acordo com a PF, a organização criminosa também atuava na comercialização de franquias de mobilidade urbana, algo que continua sendo divulgado pelos integrantes.
A Polícia Federal identificou cerca de 22 mil vítimas no Brasil e no exterior, com perdas de valor próximo a R$ 100 milhões. A defesa do empresário afirma que ele e sua empresa, a Unimetaverso Gestão Ativos Digitais e Marketing Ltda “nunca foram” alvo de investigações.
“É importante salientar que o processo corre em segredo de Justiça, o que nos impede de divulgar detalhes específicos sobre o caso neste momento”, disse a defesa ao jornal. “No entanto, é do interesse de nosso cliente que a verdade seja plenamente esclarecida.”
O título da manchete: “Cliente expulso de padaria por usar notebook, é preso pela PF”. Agora vocês deram para anunciar essas coisas de forma sensacionalista, lacradora também? Leva o leitor ao equívoco de achar, logo de cara, por que a PF teria a ver com esse fato?
Ao ler o texto, logo ví que a interferência da PF se deu por outro caso de crime, este sim, um crime federal. Seria bom que parassem de fazer gracinhas e comecem a trabalhar com mais seriedade.