O país europeu venceu o vírus chinês sem abrir mão da liberdade
Escolas e universidades abertas. Bares e restaurantes também. Lojas recebendo clientes e transporte público circulando normalmente. Quem quer ficar em casa, fica. Quem não quer, pode circular pelas ruas, fazer exercícios ao ar livre, frequentar parques e praças. Assim está e assim sempre esteve a Suécia desde o começo da pandemia de coronavírus.
Neste sábado, 8, terá fim a 32ª semana de 2020 e, se nada mudar, será mais uma da série de semanas consecutivas em que a quantidade de casos confirmados e óbitos pela Covid-19 está em queda livre no país europeu. E isso aconteceu sem que as liberdades individuais fossem feridas. A Suécia foi um dos únicos países do mundo que decidiu enfrentar o vírus chinês sem apelar a lockdowns ou isolamentos impositivos.
As primeiras confirmações da doença em solo sueco foram registradas na 5ª semana do ano, com 5 pacientes – todos confirmados em 31 de janeiro. As mortes começaram na 12ª semana, com 20 óbitos. Naquele momento, os casos positivos eram 1.746.
O pico de contaminações apareceu na 26ª semana, com a confirmação de 9.094 novos pacientes contaminados. As mortes, no entanto, já estavam em decréscimo – o número máximo de óbitos ocorreu na 17ª semana: 752 registros em 7 dias.
Em julho, todos os registros semanais confirmaram a queda.
Nesta sexta-feira, 7, o boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrava que 81.570 pessoas testaram positivo para a covid-19 na Suécia, sendo que 5.760 delas não resistiram à doença.
Com 10,3 milhões de habitantes, o país registrou 7.879 casos confirmados e 557 óbitos para cada um milhão de suecos.
Enquanto isso, em São Paulo
Os números suecos são altos quando comparados aos vizinhos europeus. Porém, são bem semelhantes aos do Estado de São Paulo, por exemplo, onde as restrições às liberdades individuais foram muitas.
Na mesma quinta-feira, a Secretaria Estadual de Saúde relatava a incidência de 13.104 casos confirmados da doença e 540 óbitos por milhão de habitantes em território paulista. Isso sem que a doença tenha registrado um movimento de desaceleração tão consciente quanto na Suécia.
Até o momento, os casos confirmados ainda estão num crescente no mais rico estado brasileiro. Em três das últimas cinco semanas houve um aumento no número de infectados — e o registro semanal de óbitos parece ainda não ter atingido o pico.
“Em São Paulo, as pessoas que ficaram isoladas muito tempo estão tendo contato com o vírus agora”, explicou Paulo Olzon, epidemiologista da UNIFESP. “Por isso os casos estão altos e a mortalidade vai ficar alta por mais algum tempo”.
Bom dia
Apenas deveria ser dito que o patamar de mortes por milhão é o mesmo que na Espanha , Itália , Reino Unido, Holanda e que fica acima da Noruega e Finlandia , que terão pela frente um problema já que não atingiram a imunidade de rebanho como na Suécia
Desculpe-me Artur Piva. A Suécia possui 100 milhões de pessoas sem água tratada?Trinta e oito milhões sem esgoto?Filas no SUS para atendimento de até seis meses para exames simples , como RX ?Crianças e adultos que não lavam suas mãos ao saírem dos banheiros? Escolas públicas de educação básica sem banheiro para as crianças?Veja: junto com o processo de liberação total sem restrições, existe um conjunto cultural de saúde e higiene que os protege de outras recorrências. Imagine o metrô da Suécia e o metrô do Rio ou São Paulo! Imagine as filas intermináveis dos ônibus lotados ( sem falar nas VANS) no Rio de Janeiro.Imagine as escolas do Rio sem ar condicionado,com banheiros sem papel higiênico e toalhas de papel para lavar as mãos, muito menos sabonete líquido.Prezado Artur, o artigo é interessante se comparar a Suécia com países de igual IDH. Não dá para comparar Jesus com Genésio.Desculpe.
Realmente, a situação do país é caótica há muito tempo! Mas será que forçar o isolamento é a solução para esses problemas? Acredito que as coisas se ajustam naturalmente, provavelmente muitas empresas iriam fechar devido a pandemia, porque NATURALMENTE as pessoas diminuiriam suas saídas. Mas fechar porque um governador mandou, é ditadura!
E o que você me diz de Manaus, será que somos uma cidade tão rica assim? aqui foi implementado o isolamento, mas boa parte da população simplesmente ignorou.
Mias uma vez a conta vai para o povo, na sua narrativa vc descreve um país condenado pela corrupção e que os governantes são todos incompetentes, nisso eu concordo. Porém delegar a culpa do covid para a população sofrida é pra acabar.
Nesse contexto que vc expôs, muito menos quarentenas e máscaras funcionarão. Como não estão funcionando. O que funciona é tratar a doença desde o primeiro dia! Tem que liberar os medicamentos nos postos de saúde, hospitais e nas farmácias ( de onde sumiram!) E fazer campanha para esclarecer e informar o povo como proceder em caso de suspeita. Só assim venceremos o vírus chinês!
Sr. Júnior, gostei muito do seu comentário. Realístico e oportuno.
Perceba que o autor compara a Suecia com o estado de Sao Paulo, nao com o Brasil, como vc menciona.
Isso tudo porque temos um gestor que só segue o que a ciência diz. Pensem bem quando forem escolher o próximo governador.
Que matéria nojenta. Fraca. Mentirosa. Compara alho com bugalhos. Todo mundo sabe que a Suécia é um exemplo de fracasso no combate ao covid, pq, pelo modelo que adotou, teme um índice enorme de mortes, se levarmos em conta mortes/número de habitantes. E compara ai justamente com sp, só por causa do Doria. Lixo. Vergonha.
Não achei isso. Ele comparou regiões com números parecidos de habitantes, sendo que em um lugar não se infringiu a liberdade das pessoas e no outro sim, inclusive com penalização da economia e das finanças dos cidadãos! Perfeita a matéria. Nojento é vir criticar um jornalista isento para conturbar um ambiente saudável como a Revista Oeste. Conheço pessoas como vc desde quando frequentava o Antagonista, que naquela época era isento e imparcial.