Casos de covid-19 entre trabalhadores das fábricas levaram ao fechamento e animais ficaram presos nas unidades
As indústrias de suínos dos Estados Unidos e o Departamento de Agricultura do país discutem sacrificar milhares de porcos depois que a pandemia de coronavírus provocou o fechamento de algumas das principais unidades de processamento de carne.
Carca de 510 mil suínos são abatidos por dia para a produção de linguiça, presunto e bacon, mas os casos de coronavírus entre os trabalhadores das fábricas fez com que um quinto desse total diário deixasse de ser produzido, com o fechamento temporário das fábricas.
Assim, as granjas estão lotadas e a perspectiva é de que ou os animais sejam sacrificados e enterrados ou enviados para graxarias, que transformam as carcaças em gordura de baixo valor e em produtos como ração para bichos de estimação.
. “Estamos enfrentando decisões muito difíceis e nunca antes vistas”, lamentou Gene Noem, que abate suínos no condado de Howard, no Estado de Iowa, e é como tesoureiro do Conselho Nacional de Carne Suína.
A crise dos produtores de carne suína piorou após grandes empresas como Smithfield Foods, Tyson e JBS USA terem fechado temporariamente unidades de processamento por causa de casos de covid-19 entre os trabalhadores. Outras fábricas tiveram de diminuir as operações porque muitosempregados optaram por ficar em casa com medo de contrair a doença.
O problema da indústria de suínos é maior porque no caso dos frangos, é possível quebrar os ovos antes que os animais nasçam e os bois podem não ser engordados tão rapidamente nas fazendas para o abate, o que não acontece com os porcos.