O custo estimado de acidentes nas rodovias federais no Brasil chegou a R$ 12,9 bilhões em 2021, de acordo com os dados divulgados pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) na terça-feira 8.
Esse valor é mais que o dobro efetivamente investido nessas mesmas rodovias pelo governo federal (R$ 5,7 bilhões em 2021).
Segundo a CNT (com base nos dados da Polícia Rodoviária Federal), foram registrados 64,5 mil acidentes no ano passado (em 2020, foram 63,5 mil). Com isso, o número de mortes aumentou 2%, chegando a 5,3 mil em 2021.
Entre os tipos mais frequentes de causalidade com vítimas aparece a colisão (60%), responsável por mais da metade das mortes. A fatalidade acomete majoritariamente homens (82%) e acontece predominantemente de sexta-feira a domingo.
“Os resultados sinalizam a necessidade de mais investimento em infraestrutura rodoviária e em educação no trânsito. A diminuição de acidentes gera benefícios para o transporte, para a economia e para a sociedade e, por isso, deve ser buscada”, explicou o presidente da CNT, Vander Costa.
Perigo
Na lista de rodovias mais perigosas, BR-101, que começa no Rio Grande do Norte e termina no Rio Grande do Sul, detém o maior número de ocorrências com vítimas (9,2 mil). Em seguida, está a BR-116, que vai do Ceará ao Rio Grande do Sul.
Em termos de acidentes ponderados pela extensão, a BR-381, do Espírito Santo a São Paulo, e a BR-465, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, são as mais críticas, com o registro de 31 acidentes a cada 10 quilômetros.