O deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP), conhecido como youtuber e delegado Da Cunha, foi acusado de agredir a companheira dentro do apartamento em Santos (SP).
A nutricionista Betina Grusiecki acusa o parlamentar por lesão corporal, ameaça, injúria e violência doméstica. Ele nega as acusações.
De acordo com o relato registrado no boletim de ocorrência, a nutricionista teria desmaiado devido às agressões. Depois de consumir bebida alcoólica, Da Cunha discutiu com Betina e teria começado a xingá-la e ameaçar a ela e à sua mãe.
O deputado teria quebrado os óculos da nutricionista, atirado cloro em suas roupas, apertado o pescoço e batido a cabeça dela contra a parede até que ela perdesse a consciência.
“Vou encher de tiros a sua cabeça, vou te matar e vou matar sua mãe”, teria dito o deputado, segundo o portal G1. Betina solicitou à polícia medida protetiva.
Segundo o boletim da Polícia Civil, a nutricionista contou que sabia do histórico agressivo de Da Cunha.
O que diz Da Cunha
Em nota, a defesa do deputado disse que “houve uma discussão“. Mas afirmou que “em nenhum momento ocorreu qualquer tipo de violência física de sua parte”.
A defesa de Da Cunha também declarou que “os fatos ficarão comprovados no decorrer do inquérito”.
Em 2022, Da Cunha foi eleito deputado federal por São Paulo, sendo o 24ª candidato mais votado.
O delegado começou a fazer sucesso na internet com vídeos que mostram operações policiais e a rotina dos agentes.
Em 2021, ele relatou em seu canal no YouTube que tinha sido afastado das ruas e teve que entregar as armas e distintivo por ter dado uma declaração em um podcast com o vereador e ex-policial militar Gabriel Monteiro (PSD).
Na ocasião, ele falou “que há grande corrupção no alto escalão da PM do Rio de Janeiro”.
Ele pediu licença de dois anos da Polícia Civil. Pouco tempo depois, Da Cunha confessou que encenou o vídeo de um flagrante de um sequestro em uma favela na cidade de São Paulo, em 2020.
No mesmo ano, a arma e distintivos de Da Cunha foram devolvidos ao deputado.