Depois de 40 anos sem registro da doença, a cidade de São Paulo enfrenta seu primeiro de raiva canina. O diagnóstico foi confirmado na sexta-feira 1º, mas só veio a público nesta semana.
A Secretaria Municipal da Saúde foi notificada pelo Instituto Pasteur, por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde, sobre o aparecimento da doença na região do Butantã, na zona oeste da capital.
O mais recente registro da variante canina da raiva na capital ocorreu em 1983. Já a mutação do vírus, transmitida por morcegos, teve o último caso conhecido confirmado em 2011.
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Agora, a prefeitura intensificou a vacinação de animais na região, com visitas casa a casa nos dias 1º e 2 de setembro. Durante essa ação de bloqueio, 384 imóveis foram visitados e 367 animais receberam a vacina.
Até julho deste 2023, o Sistema Municipal de Vigilância já havia vacinado mais de 155 mil animais, dos quais cerca de 97 mil eram cães e quase 58 mil gatos. São Paulo oferece vacinação antirrábica gratuita para cães e gatos durante todo o ano, em 18 postos fixos distribuídos pela cidade.
A vacina antirrábica dos animais deve ser aplicada a partir dos 3 meses de idade. Animais com diarreias, em tratamento ou convalescendo de cirurgias devem aguardar a recuperação.
Locais de vacinação de animais contra raiva canina
A imunização tem validade de um ano para animais domésticos. A lista completa dos pontos de imunização pode ser consultada aqui.
A secretaria recomenda que, em casos de acidentes por mordedura ou arranhão de cães e gatos, deve-se procurar imediatamente o atendimento médico para avaliação e conduta. As orientações a serem seguida imediatamente ao ferimento são:
- Lavar o ferimento com água e sabão e procurar orientação médica;
- Identificar o animal agressor e seu proprietário;
- Caso o cão ou gato for conhecido, observar o animal por dez dias; e
- Caso o animal não tenha dono, desapareça, adoeça ou morra, procurar imediatamente orientação com o Centro de Controle de Zoonoses. Telefone: 2974-8000.