O deputado estadual da Bahia Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha (Patriota), e três policiais militares são alvo de uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta quinta-feira, 7.
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Eles são suspeitos de integrar um grupo criminoso com atuação em Feira de Santana, a 100 km de Salvador, e em cidades próximas. O grupo é investigado por lavagem de dinheiro obtido com jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada, além de outros crimes.
A 1ª Vara Criminal de Feira de Santana determinou o bloqueio de R$ 700 milhões em contas bancárias em nome de investigados. Além disso, expediu dez mandados de prisão, 33 de busca e apreensão, suspendeu atividades econômicas de seis empresas e determinou o bloqueio de 26 imóveis. O Ministério Público e a Receita Estadual também participam da operação.
As investigações da Polícia Federal na Operação El Patron começaram depois de informações do Ministério Público acerca dos crimes. “Com o aprofundamento das diligências, colheram-se elementos probatórios que revelaram a participação dos indiciados num grupo miliciano e evidenciaram parte de sua estrutura, inclusive o seu poderio econômico”, afirmou a corporação.
Até agora, as investigações constataram as seguintes irregularidades:
- inconsistências fiscais dos investigados;
- movimentação financeira incompatível;
- bens móveis e imóveis não declarados;
- indícios de lavagem de dinheiro.
Policiais militares da Bahia faziam cobrança de dívidas, afirma Polícia Federal
Conforme a investigação, os três policiais militares são o braço armado da organização criminosa e têm a função de “efetuar cobranças, mediante violência e grave ameaça, de valores indevidos oriundos de jogos ilícitos e empréstimos a juros excessivos”.
“A investigação continuará para apuração de eventuais outros envolvidos. Se condenados pelos crimes cometidos, os investigados se sujeitarão a penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 50 anos de reclusão”, afirmou a Polícia Federal, em nota.
A investigação tramita em primeiro grau mesmo com o envolvimento do deputado estadual Binho Galinha, que teria foro no Tribunal de Justiça da Bahia. Isso porque, segundo a Polícia Federal, “desde 2018, o Supremo Tribunal Federal vem entendendo que parlamentares serão processados e julgados pela Justiça de primeiro grau em caso cometimento de crimes antes da diplomação do cargo e desconexo a ele”.
Enquanto isso, na Sala de Injustiça, os ladrões do Petrolão, do Mensalão e do Covidão continuam soltos. NINGUÉM PRESO!