(J.R. Guzzo, publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 2 de junho de 2021)
De duas uma: ou a decisão inicial do governador João Doria de aceitar a disputa de jogos da Copa América em São Paulo estava certa ou estava errada. Não há, realmente, uma terceira possibilidade. Se estava certa, não há motivo para proibir os jogos agora — e fazer exatamente o contrário do que ele havia decidido. Se estava errada, por que o governador não pensou no que estava dizendo antes de mudar, cinco minutos depois, o que tinha acabado de resolver?
Errar é humano, claro, e voltar atrás nos erros é uma excelente virtude. Mas no caso da Copa América em São Paulo o governador conseguiu o oposto: arrependeu-se de ter feito um acerto e optou pelo erro. Conseguiu o mais difícil, que era separar com sucesso o joio do trigo — mas, imediatamente em seguida, jogou fora o trigo para ficar com o joio. Doria, num primeiro momento, fez a única coisa que deveria ter feito: não tem nenhum sentido, disse ele, proibir os jogos da Copa América em São Paulo, com estádios fechados, enquanto se permite com a maior tranquilidade do mundo que sejam disputados os jogos do Campeonato Brasileiro. Parabéns.
Mas, no Brasil de hoje, as “autoridades locais” não gostam de acertar — e quando por acaso acertam, voltam para trás, correndo, e caem de novo na sua “vidinha” de sempre. Resumo da ópera, neste caso: enquanto Brasil e Argentina, por exemplo, jogam em Goiânia, ou qualquer outro lugar onde o exercício da lógica continua legal, Corinthians e Chapecoense jogam em São Paulo. Pelo que deu para entender da decisão final de Doria, o primeiro jogo é um “mau exemplo”. Já o segundo ninguém saberia dizer o que é.
O governador, mais uma vez, deixou o Estado de São Paulo ser governado não por quem foi eleito para executar essa tarefa — ele mesmo — mas pelo comitê de “cientistas” que administra a Covid. Cedeu, na verdade, à confederação nacional pela proibição de tudo, por tempo indeterminado, e de preferência até o Dia do Juízo Final. Ela é reforçada, no caso, pelo coletivo dos comentaristas de futebol, que há mais de um ano está recebendo remuneração sem sair de casa e, ao mesmo tempo, não quer que haja jogos — ainda que o público não possa entrar nos estádios. (Com público, então, acham que o futebol seria genocídio direto na veia.)
A Covid, com o tempo e a vacinação em massa, dá sinais de que pode estar cedendo. É de se esperar, em troca, um esforço permanente para resistir à melhoria — e manter tudo igual nos comissariados que mandam no país sem terem recebido um único voto, nas CPIs da vida e no mundo do home office.
Leia também: “Covid-19 e Copa América, por Milton Neves”
Guzzo é afiado, sensacional! Em pleno estadão resumiu com maestria:
“…confederação nacional pela proibição de tudo, por tempo indeterminado, e de preferência até o Dia do Juízo Final”
Mais um golpe estratégico que o Capitão deu no fígado delicado do Agripino.
O João Agripino Doria cedeu às pressões da Globo.
Que o Agripino Calça Atochada Doria é um péssimo gestor todos de São Paulo e parte Brasil não tem mais dúvidas. Covarde também, não nos esqueçamos, gosta de levantar a voz para mulheres. Por último, porque não caberia aqui tantos adjetivos, um traidor oportunista sem limites, com princípios se psicopatia grave. Que seja varrido da vida pública, se preferência com aquela vassourinha que usou com trajes de gari quando em propaganda eleitoral para prefeitura.
É “O Gestor” eleitoreiro e borra botas!
Longe de mim me comparar ao grande Guzzo mas coloco aqui algo que me passou pela cabeça após a divulgação da sedes da Copa América.
Ao dizer que era a favor, Agripino contava que iriam suar a cidade de São Paulo como sede. Ao saber que não estava incluído e as sedes já estavam definidas, deu uma desculpa de que consultou o tal comitê para sair de fininho.
Não tinha como dar visibilidade ao fulano de SP. Parabéns a JB. foi um drible digno dos maiores jogadores brasileiros.
João Agripino, obrigado por mais essa cagada homerica que contribui, certamente, para aprofundar sua cova politica e nos dar mais convencimento e certeza de que NUNCA mais voce vai ocupar um cargo politico de relevancia.
Esta cada vez mais claro que os sapatos de governador sao muito grandes para seus pés pequenos e sua alma débil. RIP Calcinha Apertada!!
Doriana, vigarista com V maiúsculo.
Eu acho que já, já o engomadinho da calcinha apertada vai pro xilindró.
Valeu calça apertada por ter errado mais uma vez, foi seu único erro que gostei, dessa forma jogos relevantes como Brasil e Argentina até que enfim sai do eixo Rio-São Paulo e vai nos brindar com ótimos espetáculos em outras regiões!
Disse tudo. Mais uma lambança do Agripino, APENAS para estar do lado oposto ao de Bolsonaro.