Em 2022, no último ano do governo de Jair Bolsonaro, o Brasil registrou o menor número de assassinatos desde 2011, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, 20, no Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Foram 47.508 assassinatos no ano passado ante 48.431 em 2021 — o segundo ano consecutivo de queda. O levantamento inclui mortes decorrentes de homicídio doloso, latrocínio (roubo com morte), lesão corporal seguida de morte e mortes durante ações policiais.
À exceção da lesão corporal, todos esses tipos de ocorrências diminuíram de 2021 para 2022. Segundo os dados do fórum, foram 39.629 homicídios dolosos, 1.229 latrocínios, 610 lesões corporais seguidas de morte e 6.430 mortes em intervenções policiais.
Veja o número de assassinatos ano a ano:
- 2011: 47.215
- 2012: 54.694
- 2013: 55.847
- 2014: 59.730
- 2015: 58.459
- 2016: 61.597
- 2017: 64.078
- 2018: 57.592
- 2019: 47.765
- 2020: 50.448
- 2021: 48.431
- 2022: 47.508
Conforme os dados, a redução foi puxada principalmente pelas regiões Nordeste, Sudeste e Norte. Houve alta no Sul e no Centro-Oeste.
Os números indicam que 923 vidas foram poupadas no ano passado. Desse total, 889 só no Nordeste, “que foi a região que puxou essa queda”, disse o diretor-presidente do FBSP, Renato Sérgio de Lima.
+ Em 2022, Brasil registra menor número de assassinatos em 15 anos
A taxa de homicídios no país diminuiu de 24 casos a cada 100 mil habitantes, em 2021, para 23,4, no último ano — o que representa redução de 2,4%. No Nordeste, esse índice caiu 4,5%. Também houve quedas no Sudeste (2%) e Norte (2,7%). Em contrapartida, os assassinatos subiram 0,8% no Centro-Oeste e 3,4% no Sul.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o fórum atribuiu a queda dos homicídios observada no governo Bolsonaro a três fatores: configuração dos conflitos entre facções, mudanças demográficas e ações pontuais adotadas pelos Estados.
Leia também: O direito às armas, reportagem publicada na Edição 125 da Revista Oeste.
Infelizmente vão ter que dar essa boa notícia mostrando a “despiora”.
Pois é, quando os dados são positivos, essa “culpa” não é atribuída ao Bolsonaro…