A fabricante brasileira de aviões Embraer informou à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que pretende realizar estudos sobre a eventual possibilidade de a tecnologia 5G interferir em sistemas de aviação do país.
O assunto é monitorado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) desde o ano passado, em razão das discussões sobre o tema no exterior, em especial nos Estados Unidos (EUA).
Por enquanto, a Anatel não prevê qualquer alteração nos prazos de implantação do 5G no Brasil em função dos estudos.
Os EUA — onde existe preocupação sobre possíveis interferências —, decidiram utilizar a faixa de 3,7 GHz a 3,98 GHz para as redes 5G comerciais.
A Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) recomenda uma separação de 200 MHz em relação a esse espaço e o utilizado em serviços de radionavegação aeronáutica, que opera na faixa de 4,2 GHz a 4,4 GHz.
No Brasil, por sua vez, a distância é ainda maior — e, portanto, mais segura, já que a faixa de 3,5 GHz leiloada compreende 3,3 GHz a 3,7 GHz.