Parte da equipe do grupo Molejo foi vítima de um assalto na sexta-feira 26, dia da morte do compositor, instrumentista e vocalista da banda Anderson Leonardo, aos 51 anos. O artista, que foi diagnosticado com câncer inguinal em 2022, teve complicações da doença e não resistiu.
+ Leia as últimas notícias de Brasil no site da Revista Oeste.
A morte do artista foi comunicada no início da tarde. Já por volta das 23h, a assessoria de imprensa do grupo publicou uma nota informando sobre o assalto. A equipe não detalhou o que foi roubado nem as circunstâncias do crime, mas afirmou que o roubo resultou na interrupção de suas comunicações por telefone e WhatsApp.
“Neste momento, estamos em processo de recuperação e retomada das nossas operações. Pedimos a compreensão da imprensa e demais partes interessadas enquanto lidamos com essa situação”, informa o texto.
Ícone da velha guarda do pagode
Horas antes, o perfil do grupo havia anunciado a morte do vocalista. “Nosso guerreiro Anderson Leonardo lutou bravamente, mas infelizmente foi vencido pelo câncer, mas será sempre lembrado por toda família, amigos e sua imensa legião de fãs, por sua genialidade, força e pelo amor aos palcos e ao ‘Molejo’. Sua presença e alegria era uma luz que iluminava a vida de todos ao seu redor, e sua falta será profundamente sentida e jamais esquecida, nós te amamos”, diz o comunicado.
Nascido no Rio de Janeiro, Anderson era filho do produtor musical Ubirajara de Souza, conhecido como “Bira Haway”. Ainda jovem, o vocalista já tocava com seu colega Andrezinho, com quem fundou o Molejo no final da década de 1980.
No dia 13 de outubro de 2022, Anderson revelou que foi diagnosticado com câncer inguinal. Nas redes sociais, o artista explicou que tratava-se de um tumor primário oculto. Ele já havia iniciado o tratamento médico e decidiu, na ocasião, que seguiria na ativa profissional e manteria a agenda de shows com o grupo de pagode.
+ Morre aos 95 anos José Santa Cruz, humorista de ‘Família Dinossauro’ e ‘Zorra Total’
Quatro meses depois, o cantor afirmou ter se curado do câncer inguinal na região da virilha, após tratamento. Em março do mesmo ano, Anderson anunciou que iria retomar o tratamento contra o câncer. Segundo o artista, um inchaço na região dos testículos fez com que ele procurasse um médico e ter a confirmação do reaparecimento da doença.
Com uma sequencia de internações por complicações do quadro clínico, a última informação pública sobre a condição de saúde do cantor foi em 22 de abril, quando foi divulgado que ele havia sido novamente internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Unimed-Rio.
Também conhecido como “Molejão”, o grupo se consolidou como um das grandes bandas brasileiras de pagode. Seu primeiro disco, Grupo Molejo, foi lançado em 1994, rendeu “Caçamba”, primeiro sucesso do grupo, e o estilo irreverente das composições garantiu hits como “Cilada” e “Dança da Vassoura”.
Anderson ficou 35 anos à frente do grupo e participava de vários programas televisivos, sempre com bom-humor. “A nossa marca é a alegria, é a irreverência”, disse ele no programa The Noite, em 2015. Ele se dizia da “velha guarda” do pagode, aberto para colaborar com novos artistas como Thiaguinho, Ludmilla e Leo Santana.
Casado com a administradora Paula Cardoso, Anderson Leonardo deixa quatro filhos: Alissa, Rafael Phelipe, Leozinho Bradock e Alice.
Redação Oeste, com informação da Agência Estado.
O Câncer é a doença democrática, ela não faz distinção de raça, cor, ideologia, credo, rico ou pobre, ceifa milhares de pessoas, colocando todos na mesma régua, neste momento está morrendo centenas de pessoas, a próxima celebridade que morrer é para nos lembra que a doença está espreitando um de nós.