O clima foi de festa na Escola Estadual Pedro Costa, na Vila Isolina Mazzei, zona norte da cidade de São Paulo. A instituição celebrou sua posição no top 3 do prêmio “Melhores Escolas do Mundo 2024”, na manhã desta quinta-feira, 24. O colégio é o mais antigo da região, e foi fundado em 19 de abril de 1952.
Embora não tenha conquistado o primeiro lugar, a escola foi a única representante brasileira e destacou-se como a melhor do país na categoria “Colaboração Comunitária”. A competição foi promovida pela T4 Education, entidade que visa a transformação da educação em nível global.
Depois do anúncio, a diretora da Pedro Costa, Janaína Alves Pereira, inspirou os alunos. “Sintam-se premiados”, discursou. “Vocês são grandes, vocês são gigantes. Ninguém pode parar vocês.”
O Colégio María de Guadalupe, na Argentina, conquistou o título. A escola de Buenos Aires foi reconhecida por seu ensino profissionalizante.
Cerimônia de premiação na escola estadual
A escola paulista se destacou pelos projetos de xadrez e de atletismo apoiados pela organização não governamental Parceiros da Educação.
Estudantes, professores e o secretário estadual da Educação em São Paulo, Renato Feder, reuniram-se para ouvir o resultado. Apesar da vitória argentina, houve muita celebração, com um café da manhã para as crianças depois do anúncio do prêmio.
Ex-alunos da Pedro Costa também estiveram presentes e declararam seu afeto pela escola, passados dez anos desde que estudaram na instituição.
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Feder elogiou a gestão de Janaina e destacou a Oeste outros prêmios que escolas estaduais também levaram. “Temos alunos indo para a Tailândia fazer olimpíada de matemática, para feiras de ciências em Dubai, para olimpíadas de redação”, contou. “O trabalho da secretaria é formar professores, construir grades que façam sentido para os alunos, como educação financeira e oratória, que os alunos gostam muito. E agora, ter a Escola Estadual Pedro Costa, como a melhor do Brasil, é muito emocionante.”
Finalistas e a transformação da escola Pedro Costa
O Colégio María de Guadalupe, com 700 alunos, oferece educação desde a infância até o ensino médio, além de bolsas de trabalho. A escola norte-americana Salomé Ureña Leadership Academy, de Nova York, também foi finalista, conhecida por ajudar filhos de imigrantes na adaptação ao inglês.
Oeste conversou com Janaina e o professor de educação física Leonardo Alcântara, em setembro, ao ser anunciado o top 3 finalistas do prêmio internacional.
Segundo os educadores, a Escola Estadual Pedro Costa enfrentou o risco de fechar as portas em 2021. A solução foi aderir ao Programa de Ensino Integral (PEI), expandir a carga horária e incluir disciplinas como xadrez e atletismo.
Hoje, com cerca de 300 alunos, a escola opera integralmente no PEI, das 7h às 16h, para alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental.
Projetos de xadrez e atletismo
Os projetos mencionados foram cruciais para a transformação da escola e seu reconhecimento no prêmio. De acordo com Alcântara, o xadrez “socializa os alunos e cria união”. Para Janaína, o objetivo era justamente refinar o pensamento estratégico e melhorar a concentração dos estudantes.
Parabéns.
Eu como professor de educação física sempre acreditei no esporte com uma ferramenta de trabalho para ajuda e colaboração na educação.
Parabéns a todos os envolvidos
Uma escola brasileira é melhor do que uma escola japonesa ou sueca? Me engana que eu gosto!