O Paraná liderou pelo segundo ano seguido o ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Ensino Médio, que avalia a rede pública, institutos federais e escolas particulares. A nota do Estado subiu de 4,8 para 4,9, ficando à frente de Goiás e Espírito Santo, ambos com 4,8.
Entre as 20 melhores escolas do Paraná em 2023, sete são de administração militar: cinco completamente geridas pela Polícia Militar e duas no modelo cívico-militar do programa paranaense, que conta com 312 unidades. Na lista, também estão seis instituições federais.
Ao jornal Gazeta do Povo, o secretário da Educação do Paraná, Roni Miranda, explicou que a vantagem das escolas da PM se deve ao processo seletivo rigoroso para entrada de alunos, que resulta em um perfil de estudantes mais preparados.
“O aluno para ingressar em um colégio da Polícia Militar tem que realizar uma prova”, relatou. “Então, acaba sendo feita uma seleção entre os melhores alunos. É diferente da escola cívico-militar, da integral ou regular, que são alunos que trazem na bagagem as qualidades e dificuldades. Realmente, isso gera uma diferença.”
Informações das escolas que entraram no ranking
O Colégio da Polícia Militar do Paraná lidera o ranking, com nota 6,8, embora não tenha participado do Ideb de 2021. Os dados mais recentes disponíveis são de 2017 e 2019, quando obteve 6,2 pontos.
Seguem no ranking quatro escolas, com nota 6,4: duas são unidades federais (Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR de Campo Mourão e o Colégio Militar de Curitiba) e duas são da Polícia Militar (Polivalente de Goioerê e Colégio da Polícia Militar de União da Vitória).
Entre a sexta e a oitava posição estão outras três escolas da PM em Cornélio Procópio, Londrina e Pato Branco, com notas 6,3, 6,2 e 6,1, respectivamente. Empatados em nono e décimo lugar estão o colégio cívico-militar Nestor dos Santos, em São Miguel do Iguaçu, e a escola estadual José de Anchieta, em União da Vitória.
As escolas privadas não divulgaram dados, possivelmente por participação abaixo de 80% nas provas do Ideb. Além disso, escolas da região noroeste foram afetadas por um acidente com caminhão que transportava exames e não terão resultados divulgados.
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