O golpe era aplicado por meio de falsos grupos de investimentos em plataformas de troca de mensagem, que, de acordo com a Polícia, geraram nove prisões nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo na última semana. O esquema de falso investimento, de acordo com o delegado que investiga o caso, se refere a “um sistema gigantesco que atinge o Brasil inteiro”.
De acordo com o portal G1, nessa segunda-feira 17 a Justiça decidiu prorrogar por mais cinco dias a prisão temporária dos suspeitos. À imprensa, o titular da delegacia de polícia de São Luiz Gonzaga, Heleno dos Santos, disse que as autoridades calculam que há mais de 20 mil pessoas espalhadas em todo o Brasil que depositaram dinheiro na conta dos golpistas. As vítimas achavam que estavam investindo no mercado de ações com a promessa de altos ganhos.
A polícia identificou diversas contas em paraísos fiscais; algumas, inclusive, com valores superiores a R$ 1 bilhão. O delegado disse: “Em um pequena célula do golpe no RS, identificamos 28 grupos, cada um com mil pessoas ou mais. Soma outros Estados, e o número vai subindo”.
Como funcionava o golpe?
De acordo com o delegado de polícia, as vítimas do esquema de falso investimento procuraram a Polícia Civil com queixas de uma suposta empresa que prometia investimentos no mercado de ações com perspectiva de altos rendimentos.
À imprensa, o oficial de polícia disse ainda: “As vítimas foram atraídas a integrarem grupos virtuais de ‘investimentos financeiros’ muito lucrativos, geridos a partir de uma duvidosa plataforma digital de investimentos on-line denominada ‘gênesis.net’, nome ‘copiado’, em parte, de uma empresa do ramo financeiro denominada ‘Gênesis Investimentos’, que não tem relação nenhuma com a investigação, sendo uma empresa regular no ramo de investimentos”.
Depois, a potencial vítima era levada a instalar o aplicativo “genesis.net” no seu smartphone, cadastrando, logo em seguida, os seus dados pessoais. Pouco depois, a pessoa enganada recebia um link de acesso aos grupos de WhatsApp, nos quais passava a ser orientada — e pressionada — a investir e a fazer aplicações rapidamente. Os falsos consultores engavam as vítimas ao afirmarem que detinham “informações privilegiadas” sobre os momentos ideias para investir.
Ainda segundo o G1, o dinheiro que seria destinado para investimentos caía em contas de criminosos, principalmente no exterior. Os bandidos faziam com que as transações parecessem ser feitas por meio de sites e aplicativos seguros. Há suspeita de que eles criaram pelo menos três empresas de fachada para o desvio do dinheiro obtido das vítimas.
Essa é mais uma prova de que a estupidez não tem cura.