A organização criminosa já estaria conectada a diversos órgãos e não acabaria com fim do mandato do prefeito
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) calcula que um suposto esquema de propina comandado de dentro da prefeitura do Rio de Janeiro pode ter desviado em torno de R$ 50 milhões desde 2018. A informação foi dada em entrevista coletiva pelo subprocurador-geral de Justiça de Assuntos Criminais e Direitos Humanos Ricardo Martins. A investigação do caso levou à prisão do prefeito do RJ, Marcelo Crivella.
“R$ 50 milhões é o valor que pedimos de indenização como efeito da condenação”, afirmou Martins. Ele disse ainda não saber qual montante teria sido direcionado ao próprio Crivella. Apenas que o montante total estimado em propinas giraria em torno desse valor, para todo o grupo.
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De acordo com a denúncia sobre o caso, o suposto “QG da Propina” na prefeitura da capital fluminense seria comandado pelo empresário Rafael Alves, que contataria empresários interessados em favorecimentos para fechar contratos ou que a prefeitura acelerasse pagamentos atrasados por serviços já prestados. Mesmo sem cargo oficial, Rafael Alves despachava na Cidade das Artes, aparelho cultural na zona oeste do RJ que teve uma parte adaptada para a atuação diária da cúpula da prefeitura, inclusive de Crivella.
Na decisão da Justiça sobre o caso, além de Crivella foi pedida prisão preventiva do empresário Rafael Alves; do delegado aposentado José Fernando Moraes Alves; do ex-tesoureiro da campanha de Crivella, Mauro Macedo; de Christiano Borges Stocler Campos e do empresário Adenor Gonçalves dos Santos. O ex-senador Eduardo Lopes também foi alvo de mandado de prisão, mas não foi encontrado pelos agentes.
Com informações do Valor
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