A estudante de pedagogia Thaynara Marcondes, de 21 anos, se submeteu a uma cirurgia no final de outubro para a retirada de 10 kg de mama. Médicos a diagnosticaram com gigantomastia, que causa o crescimento exagerado do tecido mamário.
Residente em Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba, a estudante conta que só percebeu a anomalia depois de receber, em fevereiro deste ano, o alerta de uma tia. Naquele momento, as mamas de Thaynara ganhavam cerca de 750 gramas por mês.
Estudante recorreu a roupas sob medida
Conforme relembra a jovem, camisetas do tamanho médio já não comportavam mais os seus seios. Em pouco tempo, ela passou a vestir os maiores números do mercado, até atingir um nível em que não era mais possível encontrar modelos nas lojas.
Além de ter que recorrer à compra de roupas sob medida, o crescimento das mamas vinham causando desconforto físico e emocional. “Passei a ter grandes problemas para realizar atividades antes muito simples”, afirma.
Situação causou problemas no trabalho
A disfunção produziu dores intensas nas costas, ombros e pescoço. Auxiliar de professora em um centro de educação infantil, a jovem relembra que, em razão do tamanho dos seios, não conseguia mais segurar os bebês no colo, bem como não tinha mais condições de frequentar a academia de ginástica.
Depois que a tia chamou a sua atenção, Thaynara lembra principalmente do que acontecia nas ruas. “Todo mundo começou a me olhar, apontar, então comecei a me preocupar e fui procurar ajuda”.
Para entender o que estava acontecendo, a jovem disse que procurou um mastologista, especialidade da medicina que cuida da saúde das mamas. Primeiramente, conta, o médico considerou a hipótese de um câncer. Com isso, Thaynara submeteu-se a diversos exames. O especialista, contudo, não conseguiu identificar o fator gerador da gigantomastia.
Apesar disso, Thaynara optou pela cirurgia. Em 25 de outubro, depois de 13 horas de intervenção, os médicos retiraram 10 quilos de mama, em um procedimento que custou R$ 40 mil, parte arrecadada em doações.
Responsável pela cirurgia, o cirurgião plástico Dayson Luiz Nicolau dos Santos explicou que muitas condições podem desencadear a gigantomastia. Entre elas: obesidade, distúrbios hormonais, diabetes, problemas endócrinos e uso de medicamentos específicos.
Na cirurgia de Thaynara, os médicos aplicaram a “Técnica de Torek”, que consiste na amputação da mama para diminuir o volume. Neste caso, a aréola e o mamilo são desconectados e, em seguida, reimplantados. Em razão disso, a jovem perdeu a sensibilidade na região do seio e capacidade de amamentar.
Problema pode voltar, admite médico
Nas redes sociais, a estudante compartilhava a rotina antes da cirurgia e intensificou as publicações agora, mostrando a mudança dos seios e alertando mulheres sobre a condição.
O médico explicou ainda que, no caso de Thaynara, apesar de não terem sido identificadas alterações que justificassem o aumento exagerado das mamas, ele e a paciente ainda aguardam resultados de outros exames para terem certeza sobre o que pode ter acontecido. Como a aparição da condição não está totalmente esclarecida, o médico não descarta a possibilidade de um novo crescimento das mamas.
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Tenho uma tia que teve problema similar a esse que só depois que começou a prejudicar até a coluna ai ela resolveu fazer a cirurgia, não é questão de estética somente mas de saúde, parabéns e tudo de bom pra moça e espero que o problema não volte nem deixe sequelas que sejam graves.