Depois de 11 dias de julgamento na Justiça Federal de Sergipe, três ex-agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram condenados pela morte de Genivaldo de Jesus Santos durante uma abordagem policial em Umbaúba, em 2022.
Paulo Rodolpho Lima Nascimento foi sentenciado a 28 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, enquanto Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia receberam penas de 23 anos, um mês e nove dias por tortura seguida de morte.
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As defesas argumentaram que não houve intenção de matar e sustentaram que os policiais seguiram protocolos operacionais durante a abordagem. Por outro lado, a acusação destacou o uso excessivo de força e a desproporcionalidade das ações. O julgamento contou com depoimentos de 30 testemunhas, incluindo familiares, peritos e especialistas.
A irmã de Genivaldo, Laura de Jesus, expressou dor e esperança diante do veredito. “Esses dias de idas e vindas foram difíceis, tanto para chegarmos até aqui, porque não temos dinheiro para gastar com o transporte, mas também pelo fato de ter que mexer numa ferida que ainda está aberta”, disse ao jornal Folha de S.Paulo. “Hoje, aqui deste tribunal, só queremos justiça.”
Durante o julgamento, os advogados dos ex-agentes chegaram a apresentar um vídeo simulando o uso do gás lacrimogêneo para argumentar que o artefato não seria letal.
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Genivaldo morreu durante abordagem policial em Sergipe
Genivaldo, 38, tinha esquizofrenia e era pai de um menino de sete anos. Ele foi abordado por estar de moto sem capacete e, durante a ação policial, foi imobilizado, atingido com spray de pimenta, jogado no porta-malas da viatura e exposto a gases tóxicos por mais de 11 minutos. A PRF demitiu os três agentes em agosto de 2022 depois de recomendação da corregedoria.
Uma pena.
Polícia fazendo seu trabalho
A esquerda imunda sempre do lado da bandidagem