A Justiça de São Paulo concedeu liberdade provisória a Brunella Hilton, ex-candidata a vereadora pelo Psol, presa em 2 de março por vender brigadeiros de maconha, que consiste no crime de tráfico. Ela foi detida durante operação policial na Avenida São João, no centro da capital paulista.
A decisão foi concedida na última quinta-feira, 20, pelo juiz Carlos Eduardo Lora, da 3ª Vara Criminal, que deferiu um pedido da defesa da psolista, que é uma mulher trans e ativista de movimentos LGBT+. Na decisão, ele também recebeu a denúncia do Ministério Público. Com isso, ela se torna ré por tráfico de drogas
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Para colocar a ex-vereadora em liberdade, o magistrado entendeu que Brunella estava em posse “apenas” de maconha, e não de outras drogas. Ele considerou não muito elevada a quantidade de droga em posse de Brunella e destacou que ela não tinha antecedentes criminais.

Ao g1, o advogado da psolista, Roberto Guastelli, disse que seus direitos como travesti também foram violados, porque a polícia e o sistema judiciário usaram seu nome morto, ou seja, o nome de registro de nascimento antes da transição de gênero. Ela foi registrada como Bruno Rocha Ferreira, mas alterou os documentos para ser tratada por “Bruna”.
Relembre o caso da ex-candidata do Psol presa com brigadeiros de maconha
Brunella foi presa em 2 de março, quando policiais militares encontraram mais de 800 gramas de brigadeiros com ela. Depois de sua prisão, Brunella participou de uma audiência de custódia no Fórum Criminal da Barra Funda. Na ocasião, um defensor público solicitou sua libertação, mas a Justiça de São Paulo negou o pedido.
Ela foi transferida para o Centro de Detenção Provisória Pinheiros II, localizado na zona oeste de São Paulo. Brunella optou por não informar sua família sobre a prisão, o que levou sua mãe a registrar um boletim de ocorrência por desaparecimento em 15 de março.
Posteriormente, a 5ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Pessoas Desaparecidas informou à família que Brunella estava detida.
Brunella participou da candidatura coletiva Bancada dos LGBTQIA+ do Psol na última eleição municipal, em 2024. Essa candidatura conseguiu atrair 1.113 votos.
A psolista seguirá respondendo a processo por tráfico de drogas.
Imaginem se ela fosse do PL… certamente o juiz daria 40 anos de prisão para o Bolsonaro!
“Ela” é de casa….!! Nada acontece.
A pena por tráfico no Brasil é a liberdade, batom em estátua da cadeia pesada