A expectativa de vida ao nascer no Brasil aumentou em 2023 para 76,4 anos, conforme dados divulgados nesta sexta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse número mantém a recuperação depois das mortes causadas pela pandemia de covid-19. Em 2023, uma pessoa nascida no Brasil teria, em média, uma expectativa de viver 76,4 anos. Para os homens, a média é de 73,1 anos, enquanto para as mulheres sobe para 79,7 anos.
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A taxa de mortalidade infantil, que mede a probabilidade de um recém-nascido não sobreviver ao primeiro ano de vida, ficou em 12,5 mortes para cada mil nascimentos. Já para crianças com até 5 anos, a taxa foi de 14,7 a cada mil nascidos vivos.
O IBGE calcula a expectativa de vida com base em projeções populacionais, fundamentadas nos dados apurados pelo Censo Demográfico. A estimativa para 2023, com base no último levantamento, indica uma população de 211,7 milhões de habitantes no Brasil.
Essas estimativas fazem parte das Tábuas de Mortalidade 2022, que utilizam dados populacionais do Censo Demográfico do ano passado e informações do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.
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De acordo com o IBGE, a recuperação na expectativa de vida reflete uma diminuição no número excessivo de mortes registradas durante os momentos mais críticos da pandemia.
Dados do IBGE revelam que homens têm maior probabilidade de morte
Além da diferença de seis anos entre a expectativa de vida de homens e mulheres, os dados do IBGE mostram que homens com idades entre 20 e 24 anos têm uma probabilidade de morte quatro vezes maior que as mulheres da mesma faixa etária. Essa informação foi confirmada pelos óbitos reportados nos domicílios visitados pelo Censo.
Segundo especialistas, os homens estão mais expostos a mortes violentas, como homicídios e acidentes de trânsito, além de apresentarem comportamentos de risco e hábitos de vida que impactam negativamente a saúde.
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Os dados divulgados pelo IBGE também fornecem estimativas de expectativa de vida até os 80 anos e são utilizados para cálculos previdenciários, como o fator que influencia nas aposentadorias.
No contexto mundial, o aumento da expectativa de vida desacelerou, embora não tenha sido revertido, conforme artigo publicado na revista Nature Aging. O estudo analisou o período entre 1990 e 2019, excluindo 2020 devido ao impacto da pandemia.
Outro levantamento, realizado por pesquisadores do Instituto para Medição e Avaliação da Saúde (IHME), dos Estados Unidos, revelou que a covid-19 reduziu a expectativa média de vida global em 1,6 ano nos dois primeiros anos da pandemia (2020 e 2021).
