Parentes das vítimas do acidente aéreo em Vinhedo (SP) têm alertado sobre falsas vaquinhas virtuais e outros possíveis golpes nas redes sociais. Na manhã deste domingo, 11, menos de dois dias depois da tragédia com o avião da Voepass (antiga Passaredo), uma busca pelo Instagram revela pelo menos quatro perfis sob o nome de Laiana Vasatta, advogada paranaense que estava no avião e atuava em defesa dos direitos de clientes de companhias aéreas. A queda do avião deixou 62 mortos e nenhum sobrevivente.
Bombeiros contiveram as chamas do avião bimotor que caiu em Vinhedo (SP), nesta sexta-feira, 9. pic.twitter.com/kzf5Ax8YRN
— Revista Oeste (@revistaoeste) August 9, 2024
Criada em agosto, uma das contas que levam o nome dela na rede social pede doações para a família e chega a propagandear o “jogo do tigrinho”, de apostas on-line. A conta original da advogada foi criada em 2012 e tem mais de 10 mil seguidores.
Laiana não é a única que tem sido alvo da criação de perfis falsos. Nomes e fotos das vítimas criados por golpistas dão a entender que são administradas por familiares dos passageiros ou tripulantes que morram na desastre ou se apresentam como homenagens.
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Danilo Santos Romano, comandante da aeronave, tem seis perfis na rede social. Sua companheira, Thalita Machado, pediu que pessoas denunciem as contas. “Lamentável o ser humano querer se aproveitar da dor alheia.”
Outros perfis tentam aplicar golpes
Ao menos outros seis têm o nome da carioca Isabela Pozzuoli. O namorado dela, João Ribeiro, alertou o problema em um comentário da última fotografia publicada pela vítima nas redes.
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“Deixo essa mensagem no intuito de que todos saibam a pessoa incrível que ela foi e, também, pedir que denunciem toda e qualquer vaquinha que se refira ao nome dela solicitando doação de valores”, afirmou Ribeiro. “Infelizmente este mundo, além de perder uma pessoa maravilhosa, segue repleto de pessoas horríveis.”
Em nota, a Polícia Civil de São Paulo informou não ter localizado registros de ocorrências relacionadas a esses supostos golpes. A corporação afirmou estar “à disposição das vítimas para comunicação oficial de qualquer delito desta natureza para que os fatos sejam devidamente investigados”.
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Revista Oeste, com informações da Agência Estado