Entram no quinto dia as buscas pelo helicóptero que desapareceu próximo ao litoral de São Paulo, às vésperas do Ano-Novo, com três passageiros e um piloto. Desde a segunda-feira 1º, uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) já percorreu sete cidades em cerca de 30 horas de rastreio.
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Os 15 tripulantes que compõem o Esquadrão Pelicano da FAB fazem a procura a partir do Aeroporto de São José dos Campos, no Vale do Paraíba. Somente na última quinta-feira, 4, a equipe fez um trajeto que passou pelos municípios de Jambeiro, Redenção da Serra, Paraibuna, São Luiz do Paraitinga e Natividade da Serra.
Esse último dia de buscas durou das 10h22 às 18h09 e sobrevoou uma área total de 5 mil quilômetros quadrados. Mas, até o momento, a Força Aérea não encontrou nenhum vestígio do helicóptero.
Segundo a FAB, as condições meteorológicas e o relevo montanhoso da região têm sido o maior desafio nesse trabalho.
Tecnologia da aeronave
Ainda de acordo com a FAB, o avião SC-105 Amazonas possui um radar com até 360 quilômetros de alcance e um sistema de comunicação via satélite para o contato constante com outras aeronaves. O Centro de Coordenação de Salvamento (Salvaero) de Curitiba coordena a ação. O órgão trabalha em estado de alerta 24 horas por dia, durante todo o ano.
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Outro recurso do SC-105 Amazonas é o sistema eletro-óptico, que combina busca por imagem e espectro infravermelho. Essa tecnologia possibilita identificar calor, facilitando a detecção de objetos, ainda que encobertos pela vegetação, e de pessoas, mesmo que estejam no mar.
Piloto tinha licença para voar cassada
A aeronave que é alvo de buscas partiu de São Paulo, no dia 31 de dezembro, com destino ao município de Ilhabela, no litoral norte do estado.
Os desaparecidos são Luciana Rodzewics, de 46 anos, e sua filha, Letícia Rodzewics Sakumoto, de 20 anos, além de Rafael Torres, amigo da família. O piloto do helicóptero é Cassiano Teodoro, de 44 anos. Ele teve sua licença e habilitação cassadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) há cerca de dois anos.