A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) aprovou um estudo para a demarcação de uma nova área indígena de 362,2 mil hectares. A área proposta para a Terra Indígena (TI) Kapôt Nhĩnore pode desapropriar 201 propriedades rurais no Estado de Mato Grosso.
Nos próximos 90 dias, o estudo estará aberto para possíveis contestações tendo em vista que a maior parte do território é ocupado por áreas produtivas.
A decisão foi anunciada na Aldeia Piaraçu (MT) durante um encontro liderado pelo cacique Raoni Metuktire, com a presença de lideranças indígenas de todo o país e autoridades.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, e a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, estiveram presentes.
Crítica à medida
O presidente do Instituto Pensar Agro, Nilson Leitão, criticou a decisão e disse que pode prejudicar o desenvolvimento da região do Araguaia. Ele também expressou preocupação com o curto período dado aos proprietários afetados para apresentarem sua defesa.
“Essa lei atual é irresponsável e dá apenas 30 dias de prazo para os proprietários atingidos fazerem a sua defesa”, afirmou.
“Esse é um tema que vai ter um revolta do setor produtivo, atuação enorme da classe política e que não vai poder aceitar uma ordem dessa que desemprega e desaloja a propriedade de 201 proprietários.”
Na opinião de Leitão, os fazendeiros podem perder todos os seus investimentos, sem compensação, para uma área.
Desapropriar para apenas 60 indígenas
Segundo ele, a região “é quase um país” para abrigar apenas 60 indígenas, que poderiam estar dentro do Parque Nacional do Xingu, que já tem espaço suficiente para acomodar mais indígenas.
“O parque tem 2,4 milhões de hectares para atender 5,2 mil índios, podendo instalar 60 índios a mais. Mas a Funai insiste nesse modelo ideológico”, afirmou.
A senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) esteve na sede da Funai na terça-feira 31 para entender o procedimento de demarcação e pediu a todos os envolvidos agirem dentro da legalidade. Ela enfatizou a necessidade de diálogo para conciliar os interesses de todos.
A área
O local delimitado é uma área considerada sagrada para o povo kayapó, sendo local de nascimento do cacique Raoni. A reivindicação pelo território ocorre desde 1980.
A ministra Sonia Guajajara anunciou que 32 terras indígenas foram mapeadas para que ações de desintrusão – retirada de quem não é indígena – sejam feitas até o fim do ano.
De acordo com ela, neste ano já foram homologados seis territórios , o que representa um aumento significativo em relação às 11 terras homologadas nos últimos dez anos.
60 Índios cabem num ônibus municipal 40 sentados e 20 em pé.
E o que faremos com os outros 201 proprietários com suas famílias ?
atitude vergonhosa da funai, desapropriar 201 fazendas para colocar 60 indigenas, trocar procução e desenvolvimento por retrocesso e atraso
Oeste, PRESIDENTAAAA??? Tenha dó!
Vocês estão pecando e caindo, pouco a pouco nas matérias. Coloquem mais controle. Não permita “copy e paste”, e ensinem os “rookies” o q é jornalismo de fato!
Erro Crasso.
Nâo gostei porque a matéria não diz onde é a terra de conflito.
Não tem que reclamar nada. O povo escolheu este caminho.
Se eu voltar a ler presidentAAAAA, vou cancelar a assinatura
Bem observado
PresidentA??? Isso aqui virou redação da Carta Capeta?!