A Justiça Militar negou o pedido do Exército de prisão preventiva de seis militares investigados pelo furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de São Paulo, na cidade de Barueri.
Foram 13 metralhadoras calibre 50 e oito de calibre 7,62. Dezenove das 21 metralhadoras furtadas foram recuperadas até o momento. Duas armas com poder antiaéreo, que podem derrubar helicópteros, continuam desaparecidas.
O furto teria acontecido nas primeiras horas do feriado de 7 de setembro, quando o quartel estava esvaziado. A energia do Arsenal de Guerra foi desligada por alguns minutos, o que também desativou as câmeras de segurança e o alarme, acionado por movimento.
O desaparecimento foi notado em 10 de outubro, quando militares perceberam que o cadeado e o lacre do local tinham sido trocados. Quase 500 militares chegaram a ficar aquartelados por uma semana para as investigações.
Por que Justiça Militar negou prisão de suspeitos de furto de metralhadoras
A Justiça Militar apontou na decisão que não havia elementos suficientes para a prisão preventiva dos suspeitos. O Exército disse que as “informações sobre as investigações e o trâmite processual não podem ser divulgados em razão do inquérito estar sendo conduzido sob sigilo”.
Na última sexta-feira, 27, o Comando Militar do Sudeste anunciou que 19 militares foram presos administrativamente. Eles estão cumprindo punição disciplinar por “falha de conduta e/ou erro de procedimento nos processos de fiscalização e controle de armamento”.
O Comando aguardava autorização para prender outros seis militares aparentemente envolvidos, em pedido de prisão feito ao Superior Tribunal Militar. Esses 19 presos estão num grupo de 20 militares que respondem por transgressão disciplinar, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo. Os oficiais eram responsáveis pela vigilância das instalações quando o armamento foi roubado.