O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), criticou a postura do Itamaraty nesta terça-feira, 9, depois da abordagem de três jovens negros, filhos de diplomatas, pela Polícia Militar do Estado.
“Eles [Itamaraty] preferiram botar nota pública antes de saber o que aconteceu”, disse Castro. “Acho até que isso é uma coisa que a gente tem que tomar cuidado, porque atacar a polícia antes de saber o que aconteceu é muito fácil.”
Além disso, o governador disse que espera mais respeito e consideração do órgão pela Polícia Militar do Rio de Janeiro. “Quando os filhos deles estão aqui, quem vai defender é a polícia”, acrescentou.
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Na sexta-feira 5, o Itamaraty pediu desculpas formais aos embaixadores do Gabão e de Burkina Faso pela abordagem policial dos adolescentes no Rio de Janeiro.
Dois dos garotos são filhos dos chefes das missões desses países, um é filho de um diplomata canadense e o quarto é neto do jornalista Ricardo Noblat.
As declarações de Castro foram feitas durante um evento no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) sobre o 190 da Polícia Militar.
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“A gente tem que entender um pouco a complexidade do trabalho policial”, afirmou Castro. “Naquela região ali, o que os moradores mais reclamam é exatamente dos assaltos feitos por jovens. Aquele policial tá ali, como todos os outros que estão ali, procurando exatamente situações de jovens praticando delitos.”
Sobre as acusações de racismo por parte da polícia com os filhos de diplomatas, o governador argumentou que havia jovens negros e brancos durante o momento da abordagem. Ele disse ainda que a corregedoria está investigando o caso.
“É muito complicado para o policial saber se é filho de um diplomata ou se é alguém que tá cometendo um delito”, afirmou. “Crucificar o policial é o mais fácil. Se teve erro, nós vamos corrigir, mas a gente tem que entender a complexidade da região.”
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Relembre abordagem a filhos de diplomatas
Câmeras de segurança registraram o momento da abordagem policial em uma rua de Ipanema, zona sul do Rio, na noite de quinta-feira 4. Os quatro adolescentes, com 13 e 14 anos de idade, voltavam da Praça Nossa Senhora da Paz, depois de jogar futebol. Ao chegar a um prédio, os jovens foram empurrados para a garagem e revistados.
“Um dos meus netos estava com os meninos vítimas da violência racista da polícia do Rio”, escreveu Noblat nas redes sociais. “Testemunha do episódio, o porteiro do prédio da rua Prudente de Moraes foi chamado a depor. Está assustado, e com razão.”
Segundo Rhaiana Rondon, mãe do jovem branco, os quatro amigos moram em Brasília e estavam no Rio para passar férias, acompanhados dos avós de um deles, em uma viagem planejada havia vários meses. No momento da abordagem, por volta das 19h, eles deixavam outro amigo na porta do prédio.
A PM do Rio deu mais um show de racismo. Meu sobrinho, um garoto branco, 13 anos de idade, estava com 3 amigos negros, da mesma idade dele, em Ipanema, quando chegou a polícia apontando armas, claro, para os 3 negros. Leiam o relato da minha cunhada e o vídeo da abordagem:
— GugaNoblat (@GugaNoblat) July 4, 2024
“Uma… pic.twitter.com/X45CKTMzIO
“Foram abruptamente abordados por policiais militares, armados com fuzis e pistolas”, disse Rhaiana. “Sem perguntar nada, encostaram os meninos no muro do condomínio. Com arma na cabeça e sem entender nada, foram violentados. Foram obrigados a tirar os casacos e levantar o saco.”
Ainda de acordo com o relato, os adolescentes foram questionados sobre o que faziam na rua. Os três filhos de diplomatas não entenderam a pergunta, por serem estrangeiros, e não conseguiram responder. O filho dela respondeu e, em seguida, o grupo foi liberado.
“Antes alertaram as crianças para não andarem na rua, pois seriam abordados novamente”, afirma a mãe. “A abordagem foi racial e criminosa.”
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Em nota, a Polícia Militar do Rio informou que os policiais envolvidos na ação portavam câmeras corporais, e as imagens serão analisadas para verificar se houve excesso por parte dos agentes.
“Em todos os cursos de formação, a Secretaria de Estado de Polícia Militar insere nas grades curriculares como prioridade absoluta disciplinas como direitos humanos, ética, direito constitucional e leis especiais”, diz o comunicado.
Analisei as imagens do vídeo e nelas não constatei qualquer indicio de preconceito racial ou de racismo praticaodo por qualquer dos policiais militares durante a abordagem e contenção dos citados jovens. Ao meu ver, a população do Rio de Janeiro, como de regra a de todo o Brasil, anda receiosa e com medo das inúmeras gangues que fazem arrastões, invasões, roubos, estupros, etc. Essas gangues, via de regra ,são compostas por jovens e por adolecentes, andam em grupo, armadas, são truculentas, agressivas, violentas e tem uma conduta que se assemelha àquela mostrada no vídeo. Pela forma como chegou a viatura com os policiais quero crer que alguem os chamou por pensar que estava sob perigo, por achar que o grupo era mais uma gangue de jovens delinquentes. E se o grupo fosse só de brancos a polícia não o teria abordado também?
Deveriam deixar o RJ sem nenhum tipo de polícia, nem civil e nem militar, essa pantomima de que a abordagem foi racista, como se dentro das corporações só houvessem brancos é de uma canalhice sem precedentes, pessoas como vovó Mafalda blá blá e seu filhote energúmeno blá blá, desejam exatamente isso, o fim da polícia militar. O apito de cachorro foi dado, “não acabou tem que acabar, eu quero o fim da polícia militar”, os bandidos de todas as matizes agradecem.
E não sabiam que o Rio não é mais tão maravilhosa como foi? Que facções criminosas andam pelas ruas exatamente como eles faziam?
A polícia estava fazendo seu trabalho, tanto que imediatamente retrocederam ao ser informada sobre eles.
Dou razão ao governador.
Criança tem horário pra ficar em casa.
Não são imunes à lei por credo, raça ou cidadania.
Não podem fazer tudo que querem!
Onde estão os pais?