O governo do Estado de São Paulo declarou ponto facultativo, na terça-feira 3, para alguns dos serviços públicos estaduais na capital paulista. Nessa data, uma paralisação deve afetar o funcionamento dos metrôs e trens.
A medida se oficializa a partir de sua publicação no Diário Oficial, o que deve ocorrer na terça-feira 3. Serviços públicos municipais seguem funcionando normalmente, até o momento.
Funcionários da Cia. do Metropolitano de São Paulo (Metrô), da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) decidiram pela greve na última semana. Eles protestam contra os planos de privatização do governador Tarcísio de Freitas.
Ponto facultativo vai afetar serviços públicos do Estado na capital
Com o ponto facultativo, a intenção do governo seria facilitar a remarcação de consultas, exames e demais procedimentos médicos. Além disso, a reposição de aulas.
“As consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital e em outras unidades de saúde estaduais terão seus reagendamentos garantidos, assim como nos postos do Poupatempo”, informa o governo, em nota. “Aulas e provas da rede estadual de ensino também serão repostas e reagendadas.”
A liberação dos servidores estaduais no dia da greve acontece mesmo com a Justiça havendo determinado que os grevistas garantam o efetivo total de metroviários e ferroviários nos horários de pico. E, fora deles, um mínimo de 80% de funcionários.
Os sindicatos recorrem da decisão. Barganham a mobilização do efetivo total com a liberação das catracas pelo governo, reivindicação histórica das categorias.
“O Judiciário também proibiu a liberação das catracas, proposta de forma irresponsável pelos grevistas, sem considerar os altos riscos de tumultos e acidentes nas estações”, critica o governo. “A gestão estadual aguarda que as categorias cumpram as decisões judiciais para que os direitos da população sejam preservados.”
Linhas de metrô e trem afetadas pela greve
No Metrô, a paralisação deve afetar todas as linhas, com exceção àquelas que a iniciativa privada opera (Amarela e Lilás). Na CPTM, acontece o mesmo: todas as linhas, exceto Diamante e Esmeralda, sob gestão do mesmo grupo concessionário, a CCR.
Da parte da Sabesp, o sindicato garante que o fornecimento de água não vai sofrer interrupção. Além disso, emergências continuarão sendo atendidas.
As linhas já privatizadas operam normalmente. É exatamente por isso que os grevistas não querem a privatização. Com ela eles não terão como utilizar o equipamento de transporte público e o próprio povo como ferramentas políticas de chantagem contra o governo. Essa situação demonstra como é importante e necessário privatizar.