Grupo pede em carta que Lula conceda asilo a Assange

Em carta direcionada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um grupo de sindicalistas, cientistas, jornalistas, professores e ex-ministros pede que o Brasil conceda asilo político ao jornalista australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks.

O documento, assinado por 2,8 mil pessoas, propõe que Lula promova um esforço internacional “junto a outros países” para obter a aceitação do asilo político por parte do governo inglês.

“Acreditamos que, independentemente do resultado, este esforço vigoroso em defesa de Assange contribuirá para marcar ainda mais a posição humanitária e progressista do governo brasileiro no mundo, como tem sido a nossa marca desde 1º de janeiro de 2023”, afirmaram os signatários no documento.

Situação de Assange

O fundador do WikiLeaks está detido em uma prisão de segurança máxima no Reino Unido.

O australiano é acusado de espionagem. Isso por causa da divulgação de dados confidenciais militares dos Estados Unidos por meio da página WikiLeaks.

Segundo o governo norte-americano, Assange divulgou, em 2010 e 2011, cerca e 250 mil mensagens diplomáticas e mais de 500 mil documentos confidenciais.

Julian Assange apresentará novo recurso ao Supremo Tribunal do Reino Unido para não ser extraditado.

No começo de junho, ele soube que um juiz rejeitou sua moção anterior e, assim, abriu caminho para entregá-lo a autoridades norte-americanas. No ano passado, o governo britânico aprovou a extradição dele para os Estados Unidos.

Lula pede mobilização contra extradição

O presidente Lula criticou a possível extradição do jornalista australiano Julian Assange. “Sua prisão vai contra a defesa da democracia e da liberdade de imprensa”, escreveu Lula. “É importante que todos nos mobilizemos em sua defesa”, prosseguiu o presidente da República.

Antes das eleições de 2022, Lula questionou qual crime Assange teria cometido. O petista destacou que, em vez de ser preso, o jornalista deveria receber o Prêmio Nobel ou “Oscar da decência e da coragem”. A situação, contudo, não é exatamente como o petista disse.