Escondido no meio de uma das maiores comunidades carentes de São Paulo, unidade estadual tem atendimento de alto nível

Administrado pelo Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo — Seconci, o hospital de campanha de Heliópolis é ligado diretamente ao Ambulatório Médico de Especialidades (AME) Luiz Roberto Barradas Barata. As tendas com os leitos de enfermaria foram montadas no estacionamento do local, e os leitos de UTI, no centro cirúrgico que havia no AME.
No total, existem 200 vagas, 174 de baixa e média complexidade e 26 para tratamento intensivo. O Seconci administra, com um orçamento de R$ 5 milhões por mês, 680 profissionais.
Chegar ao hospital, porém, pode ser uma aventura para a família que tenha seu ente transferido para lá: ao fazer uma busca na internet pelo hospital, sem saber que era ligado ao AME, a reportagem foi parar no Pronto Socorro Municipal de Heliópolis, uma das maiores comunidades carentes da capital paulista.
Com a orientação de um motorista de ônibus e de um vigilante do hospital principal, foi possível terminar de cruzar o emaranhado de ruas e chegar ao destino.
Já na entrada, uma senhora chorando bastante seguiu a ambulância que trouxera o irmão para ficar internado no hospital de campanha. Desesperada, ela se perguntava se, mesmo tendo diabetes, o homem conseguiria vencer a doença.
“Isso acaba com meu dia”, comentou uma enfermeira que começava o plantão. E lamentou: “O problema é que todos os dias são assim”.
Do inferno ao céu
A estrutura montada impressionou: além de todos os equipamentos necessários, pacientes são atendidos em cabines individualizadas, com mobília simples mas confortável.
A equipe de saúde também se mostrava tranquila, mesmo com 142 pessoas internadas. A paramentação, processo de troca de roupas, é uma verdadeira operação de guerra: três camadas de roupa, uma máscara N95, uma máscara cirúrgica, touca, luvas, óculos e face shield (máscara plástica). Após o ritual, obedecido rigorosamente, médicos e enfermeiros estão prontos para atender na linha de frente da covid-19.
Na saída, mais cuidados: há uma ordem correta para a “desparamentação”. “Um erro pode significar contaminação”, explica o coordenador administrativo do local, Antonio Silva, que guiou a reportagem.
Do lado de fora, quase na saída do hospital, um susto: uma tenda menor estava montada, com um contêiner refrigerado disfarçadamente ligado a ela. Ao perguntar do que se tratava, a resposta:
“É o morgue de covid-19”, disse Silva, calmamente. “Hoje está vazio, mas temos de manter ligado, com temperatura abaixo de zero, para receber os corpos e encaminhá-los o mais rapidamente possível para sepultamento”.
Atravessando o mesmo pátio, paz. A sala de descompressão dos profissionais de saúde, montada especialmente por causa da pandemia, tem máquina de café, biscoitos, televisão e sofás, muitos sofás confortáveis para o descanso de quem enfrenta a guerra do coronavírus todos os dias.
Em Heliópolis, foram atendidas até o momento 454 pessoas. Destas, 38 morreram, a maioria depois de ficar internada na UTI, uma das mais completas para atendimento da doença no Estado.
[à dir.] e de funcionários no hospital de campanha de Heliópolis | Foto: Roberta Ramos/Revista Oeste
O estado não funciona, está matando gente. Fora Dória !!
OS MÉDICOS DE S. PAULO PRECISAM SE UNIR CONTRA O DÓRIA E COVAS, PRA USAREM A HCQ E CLQ NOS SINTOMAS INICIAIS.
Me orgulho, desse lado lindo trabalho, lá no hospital campanha de Heliópolis existe humanização, equipe unida no objetivo de salvar vidas, enfermeiros, médicos, auxiliares de enfermagem, nutricionistas, fisioterapeutas, técnicos em radiologia, serviço social, farmacêuticos, profissionais da higienização, seguranças, motoristas das ambulâncias, recepcionistas, auxiliares administrativos, e até mesmo a gerente de enfermagem na luta com toda equipe, lindo de se ver, emocionante todo empenho e carinho
Entendi que este hospital modelo, é administrado pelo Seconci mas o orçamento de R$ 5 milhões mensais é custeado por quem? O governo do Dorinha ou pelo governo federal? Essa observação, ao meu ver é muito importante e não ficou muito claro no post.
E o tratamento é qual? Que medicamentos usam? Qual o protocolo?