Em São Paulo, um hospital católico se recusou a inserir um dispositivo intrauterino (DIU) em uma paciente.
Nesta semana, a comunicadora Leonor Macedo, de 41 anos, foi informada pelo Hospital São Camilo que a instituição não fazia o procedimento. Ela contou o episódio em suas redes sociais.
Vocês acham que é fácil ser mulher? Ontem fui a uma consulta no Hospital São Camilo e à médica me informou que não pode colocar o DIU em mulheres porque isso vai contra os valores religiosos da instituição. ????????????
— Leonor Macedo (@subversiva) January 23, 2024
“Vocês acham que é fácil ser mulher?”, perguntou Leonor no Twitter/X na última terça-feira, 23. “Ontem fui a uma consulta no Hospital São Camilo e a médica me informou que não pode colocar o DIU em mulheres, porque isso vai contra os valores religiosos da instituição.”
Além do DIU: hospital católico diz que não faz procedimentos contraceptivos em mulheres nem homens
Depois, Leonor fez uma nova publicação em que diz que o hospital católico ligou para ela esclarecendo a questão do DIU. “O Hospital São Camilo me ligou para explicar que não fazem procedimentos como DIU ou vasectomia, que só colocam o DIU no caso de endometriose grave, mas não como método contraceptivo”, disse Leonor.
O Hospital São Camilo também explicou à paciente que é uma instituição religiosa e que segue os preceitos da Igreja Católica e do Vaticano. Segundo a comunicadora, a conversa foi respeitosa, mas ela vai denunciar a instituição e responder aos jornalistas que a procurarem para fazer notícias sobre a história.
+ Leia mais notícias sobre o Brasil em Oeste
“Porque é uma maneira muito antiga de pensar”, disse Leonor para justificar a decisão. “Só com a indignação coletiva e com a denúncia é que as coisas avançam.” Uma mulher comentou a publicação e disse que o Hospital São Camilo devia uma “resposta às mulheres”, “para ontem”.
“Quando é assim, orientamos que a pessoa busque a rede referenciada do seu plano de saúde que tenha esse procedimento contemplado”, respondeu o hospital católico. “Permanecemos à disposição.”
O hospital também reafirmou que é uma instituição “confessional católica” e que “tem como diretriz não realizar procedimentos contraceptivos, em homens ou mulheres”, em nota enviada ao jornal Folha de S.Paulo. “Tais procedimentos são realizados em casos que envolvam riscos à manutenção da vida.”
Procure outro hospital e pare de fazer birra e se vitimizar.
Preciso respeitar a posição do hospital, a paciente deve procurar outra entidade que faça o procedimento.
É a norma deontológica.
Não há risco de morrer.
Procure outro hospital.
Informação a essa senhora: o Código de Ética Médica O mantém ainda o direito de o médico não realizar atendimentos que contrariem sua consciência –situação que gera debates frequentes em casos de aborto autorizados por lei, por exemplo. Se não conseguiu o que queria, procure alguém que pense como vc.
Ora. Ela que procure o SUS ou outro hospital qualquer.
Corajosa postura do hospital merece aplausos! Vou aguardar a matéria do Fantástico do próximo domingo sobre liberdade religiosa, DEFENDENDO a posição do hospital….
Parabéns à direção do hospital! A fé católica e suas verdades precisam ser vividas em sua plenitude. O relativismo corroe as almas e destroi o ser humano.