Imagens obtidas pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) mostram Edson Davi Silva de Almeida, de 6 anos, perto da água do mar, às 15h37 da última quinta-feira, 4, na Praia da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
De acordo com banhistas, um salva-vidas chegou a alertar a criança para se afastar da água. O funcionário que trabalha na barraca do pai do menino, nos arredores da praia, também disse para o garoto não brincar na beira da água. De acordo com o vendedor, Edson Davi tinha o hábito de ir sozinho ao mar.
Imagens mostram o menino Edson Davi, de 6 anos, na beira d'água, cerca de 1h30 antes do seu desaparecimento na Praia da Barra da Tijuca; dono de barraca vizinha a do pai do menino disse, em depoimento, que ele pediu prancha emprestada 3 vezes. https://t.co/wujDf15mhv #g1 pic.twitter.com/R9WCnSYzYb
— g1 Rio (@g1rio) January 9, 2024
Polícia acredita em um possível afogamento do menino
A polícia não descarta nenhuma hipótese sobre o desaparecimento. No entanto, uma das principais linhas de investigação aponta para um possível afogamento.
Um funcionário de uma barraca vizinha à do pai do menino disse que a criança pediu uma prancha emprestada três vezes antes do sumiço. Segundo o vendedor ambulante, o menino dizia que sabia nadar.
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O homem recusou o pedido da criança e disse que não emprestaria a prancha, porque o mar estava muito perigoso naquele dia. Duas bandeiras vermelhas indicavam uma enorme vala naquele trecho.
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De acordo com o portal g1, a polícia tem refeito os passos do garoto, em busca de pistas. Veja o que se sabe até agora:
- 14h — O menino vai até a uma barraca vizinha e pede uma prancha de bodyboard emprestada;
- 14h30 — Edson e o pai compram açaí em um quiosque;
- 15h37 — Imagens mostram o garoto brincando perto da água;
- 15h56 — O menino é flagrado indo ao calçadão, em direção ao mesmo quiosque que comprou o açaí;
- 15h58 — A criança fala com um funcionário de barraca vizinha à do pai e volta para a areia. A polícia acredita que o menino pediu mais uma vez a prancha;
- 16h — A investigação mostra que Edson Davi voltou para a areia para jogar bola. A família confirma que, antes de sumir, o garoto estava brincando com duas crianças;
- 16h30 — Um banhista tirou uma foto do garoto no momento em que ele jogava bola com outros meninos, que estavam acompanhados de um homem, supostamente estrangeiro;
- 16h50 — A câmera registra o momento em que a família que acompanhava Edson Davi foi embora. O menino não aparece nas imagens;
- 17h47 — O pai aparece na câmara de segurança, procurando o filho no quiosque onde eles compraram açaí anteriormente.
Câmeras também ajudam a esclarecer a suspeita de sequestro
As imagens também ajudam a esclarecer a suspeita de sequestro, enquanto o menino brincava com outras crianças. É possível ver a família saindo da praia sem a presença do garoto.
Por meio das câmeras, os investigadores descobriram que Edson Davi saiu da barraca do pai, que fica em frente ao posto de salva-vidas, e andou cerca de 100 metros pelo calçadão.
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Logo, o menino foi a um quiosque na direção do posto 5. Depois desceu novamente para a areia, no trecho onde o funcionário ouvido trabalha. Depois disso, o garoto desapareceu.
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