O cerrado brasileiro registrou um aumento de 221% nas áreas queimadas em agosto deste ano. O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) informou, nesta quinta-feira, 19, que o índice se refere a uma comparação com o mesmo período do ano passado.
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Apenas em agosto, conforme o Monitor do Fogo, que integra a rede MapBiomas, o fogo queimou 1,2 milhão de hectares. O volume corresponde a mais do que o dobro do tamanho do Distrito Federal.
Barra do Garças lidera destruição no cerrado
Em agosto de 2023, os incêndios queimaram 386,4 mil hectares. Os municípios com maior área queimada no bioma foram Barra do Garças (MT), com 102 mil hectares; Nova Nazaré (MT), 93 mil; e Lagoa da Confusão (TO), com 90,2 mil.
O cerrado é o segundo maior bioma do país em extensão. À frente está apenas a Floresta Amazônica. Sua área cobre Estados como Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, sul de Mato Grosso, oeste de Minas Gerais, Distrito Federal, oeste da Bahia, sul do Maranhão, oeste do Piauí e partes de São Paulo, além de fragmentos no Paraná e na Amazônia.
Florestas têm maior porcentual de queimadas
Conforme o Monitor do Fogo, as savanas foram as áreas mais atingidas até agora. Contudo, o maior aumento porcentual nas queimadas foi registrado nas formações florestais do cerrado.
Em agosto de 2024, houve um crescimento de 410% nas áreas florestais destruídas pelo fogo, com 96,5 hectares queimados, em comparação com 18,9 hectares no mesmo mês de 2023.
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“Ainda que a área queimada em florestas do cerrado seja menor do que a área queimada em savanas, o número chama a atenção, pois foge à dinâmica comumente observada no bioma”, disse ao site g1 Ane Alencar, diretora de Ciência do Ipam.
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