O Pantanal, em Mato Grosso do Sul, enfrenta uma devastação significativa devido aos recentes incêndios. Desde o início de 2024 até domingo 16, as chamas consumiram 338.675 hectares, o que equivale ao dobro da área da cidade de São Paulo.
Conforme dados divulgados na segunda-feira 17 pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec) e pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado, a área afetada aumentou 19 vezes em comparação ao mesmo período de 2023, quando 17.050 hectares foram queimados.
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Na atual fase da Operação Pantanal 2024, segundo o governo do Estado, mais de cem bombeiros e militares trabalham nas operações de combate aos incêndios. O Exército e a Marinha também estão dando apoio.
As ações, prossegue o governo, passaram a utilizar a aeronave air tractor, desde terça-feira 11. O equipamento lança água em locais de difícil acesso e também atua no reconhecimento das chamas. Os bombeiros têm dedicado esforços para resgatar ribeirinhos e chegar aos locais onde as chamas ameaçam residências.
Predomínio do tempo quente e seco na região
O número de focos de calor também subiu drasticamente, ao passar de 81 registros em 2023 para 1,5 mil em 2024. A cidade de Corumbá concentra 82,6% dos focos, seguida por Aquidauana, com 8%, e Porto Murtinho, com 6,2%.
Mesmo com o crescimento dos focos de calor, o Cemtec prevê que o clima quente e seco continuará predominando na maior parte de Mato Grosso do Sul. As temperaturas devem superar os 30ºC e 32ºC, enquanto a umidade relativa do ar permanece baixa.
Para o dia 22, o risco de incêndios florestais é classificado como “muito alto” e “extremo”. “As condições meteorológicas atuais e as previstas são extremamente favoráveis para a ocorrência e rápida propagação dos incêndios florestais”, informou o Cemtec.