Por Augusto Nunes
Arnaldo Jabor foi um dos raros intelectuais brasileiros que romperam o cerco das patrulhas. Quando suspendeu a carreira de cineasta vitorioso, transformou-se num dos raros cronistas de jornal e TV capazes de tratar qualquer assunto com independência.
Até mesmo na Globo conseguiu brilhar sem abrir mão da liberdade. Fez sucesso nos jornais com textos admiráveis — pela riqueza do vocabulário e pelo estilo singularíssimo. No Brasil de hoje, paupérrimo em matéria de intelectuais que gente que pensa sem temer a opinião do patrulheiro ao lado, Jabor vai fazer muita falta.
Despeço-me do meu velho amigo com um beijo e uma lágrima.
Estamos a cada dia mais pobres na área jornalística, Jabor deixará muitas saudades
Jabor era de família rica, dona de mtos imóveis em Ipanema. Credito a isto, em parte, sua independência.
Deixa um vácuo imenso no Brasil. Deus conforte sua família
Meus sentimentos à família. Brilhante !
Uma pena! De fato está acabando no Brasil intelectuais de verdade e com estirpe!
Arnaldo Jabor foi um dos comentaristas que eu mais acompanhava na minha adolescência. Tinha notável singularidade na forma de se expressa e escrever. Era o único comentarista que eu gostava da Globo, e isso naquele emissora, era de fato um ponto fora da curva. Para vê-lo e ouvi-lo era preciso dormir tarde assistindo ao Jornal da Globo ou acordar cedo para ouvir seus comentários na rádio CBN. Que descanse em paz. Viveu bem o suficiente para informar e instruir os mortais de sua era e deixou um bom legado para as futuras gerações.
Nao havera outro jornalista como Arnaldo Jabor.
Gostava muito dele. Jabor era da turma campeã da retórica metafórica e cômica, mas tinha seu lado poético. Mais um vazio do jornalismo autêntico, sério e com bagagem intelectual que fará muita falta.
Pessoas brilhantes e do bem não deviam morrer.