Uma juíza do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) advertiu um advogado por participar de uma videoconferência sem camisa. O incidente ocorreu nesta quinta-feira, 10, durante uma reunião virtual de despacho relacionada a um processo sobre furto de veículo.
A magistrada, ao presenciar o comportamento, considerou a atitude como uma falta de decoro e expressou sua insatisfação diretamente durante a chamada.
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Para ela, o ocorrido representava “o fim” e demonstrava seu descontentamento com a falta de formalidade e respeito ao ambiente judicial.
Juíza repreende advogado que participou de videoconferência sem camisa pic.twitter.com/T29PsAyXpF
— Revista Oeste (@revistaoeste) October 11, 2024
“Está registrado que o senhor veio despachar com uma juíza de direito sem camisa”, disse a magistrada. “Determino a expedição de ofício à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) veiculando esse vídeo para que as medidas cabíveis sejam tomadas em relação ao advogado.”
O advogado se defendeu por estar sem camisa
Ao jornal O Globo, João Manoel Armôa Junior se defendeu e afirmou que desconhecia o fato de que a videoconferência seria com a magistrada. Ele explicou que esperava falar apenas com o escrevente do tribunal.
De acordo com o advogado, o convite formal para a reunião virtual, que incluía seu nome e o da juíza, chegou ao seu e-mail apenas quando a sessão já havia terminado. Ele acrescentou que alguém fez a convocação inicial por meio de uma mensagem no WhatsApp, o que o fez acreditar que a conversa seria informal e breve.
Armôa declarou que entrou na videoconferência para justificar sua ausência no despacho, pois estava com um atestado médico por causa de problemas renais. O advogado ainda criticou a forma como foi organizada a videoconferência. Ele afirmou que, se enviassem o convite com antecedência via e-mail oficial, ele delegaria a participação a um dos membros de sua equipe do escritório.
“Eu entrei na videoconferência justamente para falar que não podia participar”, disse o advogado.
O TJSP e a Corregedoria ainda não divulgaram nenhum posicionamento oficial sobre o ocorrido.
Mas advogado cumpanhero pode ir no STF de bermuda e tudo bem.