O ex-BBB Felipe Prior tornou-se réu em mais um caso de estupro, depois que a Justiça do Estado de São Paulo aceitou uma nova denúncia do Ministério Público (MP). Anteriormente, ele já havia sido condenado a 8 anos de prisão, em regime semiaberto, por um estupro cometido em 2014. Ele ainda pode recorrer desta decisão.
O MP apresentou a nova denúncia em maio deste ano, e a Justiça a aceitou em junho, conforme confirmado pelo site g1 nesta semana. O processo corre sob sigilo. Na semana passada, o MP apresentou suas alegações finais. A defesa de Felipe Prior ainda não se manifestou à Justiça.
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Em nota, a defesa de Felipe Prior afirmou que o caso ainda está em andamento e que aguarda manifestações. Ela ainda aguarda parecer tanto dos assistentes da acusação quanto da defesa técnica. Confira a nota na íntegra abaixo.
“O escritório Kehdi Vieira Advogados, que representa Felipe Prior, lamenta o novo vazamento de processo sigiloso e tomará as medidas necessárias para apurar sua origem. Os advogados complementam que o caso em questão está em andamento, aguardando ainda manifestação tanto de assistentes da acusação quanto da defesa técnica”.
Segundo as alegações finais do MP, Prior teria forçado uma vítima a fazer relação sexual dentro de uma barraca. Tudo teria ocorrido durante uma viagem, em fevereiro de 2015, a Votuporanga, cidade no interior de São Paulo.
“No dia dos fatos, o acusado passou a beijar e a passar as mãos pelo corpo da vítima quando estavam na piscina, na presença de outras pessoas, o que deixou a ofendida constrangida, de modo que saíram dali e foram para uma barraca”, descreve o Ministério Público.
Detalhes do novo caso de estupro
Ainda segundo o Ministério Público, dentro da barraca onde a vítima dormia, o acusado, que estava de sunga, tirou rapidamente sua roupa e forçou a cabeça da ofendida contra seu pênis, para que ela fizesse sexo oral.
“A vítima imediatamente falou que não queria e empurrou o acusado”, segue o MP, de acordo com o g1. “Contudo, aproveitando-se de sua força física, de seu peso e de seu tamanho, o acusado deitou a vítima e deitou-se sobre ela, colocando apressadamente uma camisinha no seu pênis. A vítima afirmou que não queria transar com o acusado, mas ele a imobilizou e a forçou ao ato sexual, causando-lhe dor devido à ausência de lubrificação.”
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Segundo depoimentos, Prior interrompeu a ação ao ouvir que uma amiga da vítima estava se aproximando da barraca, momento em que a mulher conseguiu empurrá-lo e escapou. Em seu depoimento, Felipe Prior confirmou que houve relação sexual, mas negou o uso de violência, em alegação de que o ato foi consensual.
No entendimento do promotor de Justiça, “a existência do fato ficou demonstrada pela prova oral coligida, especialmente pelo seguro depoimento da vítima e pelo interrogatório do réu, que não negou ter mantido conjunção carnal com a vítima”.
Relembre o caso anterior de Felipe Prior
Na última terça-feira, 10, o Tribunal de Justiça de São Paulo aumentou a pena de Felipe Prior em outro caso de estupro. Em decisão unânime, os desembargadores determinaram que o ex-BBB deve cumprior oito anos de prisão em regime semiaberto.
De acordo com o processo deste caso, Prior teria dado carona à vítima e a uma amiga, depois de uma festa, em agosto de 2014. Com a amiga já em sua residência, Prior seguiu em direção à casa da vítima.
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Conforme a Justiça, em uma rua próxima à casa da mulher, Prior teria começado a beijá-la, passado a mão em seu corpo e a puxado para o banco traseiro do carro. Neste local, ele a teria estuprado. A vítima não conseguiu oferecer resistência pois estava alcoolizada.