A Justiça de São Paulo condenou, nesta terça-feira, 2, a aluna da USP que desviou R$ 1 milhão da formatura de medicina. A pena de Alicia Dudy Muller Veiga foi fixada em 5 anos de prisão, pelo crime de estelionato, e indenização integral às vítimas. Ainda cabe recurso.
A 7ª Vara Criminal da Capital analisou o caso. No entendimento do juiz Paulo Eduardo Balbone Costa, a condenada aproveitou de seu cargo de presidente da comissão de formatura para exigir da empresa organizadora da festa que pagamentos fossem transferidos para sua conta pessoal. Segundo a Justiça, ela omitiu o fato dos colegas e usou o dinheiro em proveito próprio.
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“A ré se prevaleceu de sua condição de presidente da comissão de formatura para engendrar um plano destinado a se apossar do produto arrecadado ao longo de meses, com a contribuição de dezenas de colegas, a fim de obter lucro para si”, escreveu o magistrado.
Relembre o caso da aluna da USP que desviou dinheiro da formatura
![O campus da Universidade do São Paulo, ladeado de áreas verdes. Há uma enorme pedra fincada perto do centro da imagem](https://medias.revistaoeste.com/qa-staging/wp-content/uploads/2024/03/USP.jpg)
Em janeiro de 2023, Alicia Dudy Muller Veiga enviou, em um grupo de WhatsApp da faculdade, que havia investido parte do dinheiro da festa em uma corretora. A empresa, na versão da aluna da USP, teria dado um golpe nela.
Depois da exposição do caso, ela afirmou à polícia que havia investido o valor, mas, por falta de conhecimento em finanças, perdeu o dinheiro. Por causa da dívida, ela teria passado a jogar na loteria, na esperança de restabelecer o valor total inicial.
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No entanto, a investigação e posteriormente a Justiça mostraram que Alicia usou parte do dinheiro para cobrir despesas pessoais. Entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, ela recebeu nove transferências do fundo de formatura em contas próprias, no nome dela. A mando da presidente da comissão, a empresa Ás Formaturas repassou os valores.
Na lei brasileira, cada uma das transferências classifica-se como um crime diferente. Ao todo, ela poderia enfrentar uma pena de até 36 anos de prisão. A decisão é em primeira instância e cabe recurso ao tribunal superior.
Petista com certeza
Imagino o orgulho dos pais. Bom trabalho.
Essa merece cadeia mesmo para aprender.