O Tribunal de Justiça de São Paulo autorizou a penhora dos bens do CEO da SouthRock Capital, Kenneth Pope, para pagamento da dívida de R$ 71,5 milhões. A empresa é a controladora da Starbucks no Brasil.
A SouthRock opera marcas de alimentos e bebidas no Brasil, como a própria Starbucks e a Subway. A empresa está em processo de recuperação judicial desde dezembro de 2023.
O processo de Pope está nas mãos da juíza Mônica Soares Machado, da 33ª Vara Cível de São Paulo. Ela negou o argumento da defesa, que classificou o índice de correção da dívida como abusivo.
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O especialista em Direito Societário e sócio da Godke Advogados, Marcelo Godke, afirmou que a decisão é praticamente uma quebra de sigilo bancário. “A decisão permite que o credor possa, efetivamente, solicitar informações do Kenneth Pope”, observou.
O advogado ainda diz que a decisão autoriza a penhora de bens específicos que forem encontrados. “Isso não representa propriamente um arresto, mas representa uma possibilidade de buscar bens para serem executados”, concluiu.
A SouthRock, operadora do Starbucks no Brasil, pediu recuperação judicial
A SouthRock Capital soma uma dívida de R$ 1,8 bilhão. A empresa pediu recuperação judicial em novembro de 2023. O pedido foi acatado no mês seguinte.
O corpo jurídico da empresa afirmou que as dívidas e os prejuízos gerados desde a pandemia resultaram na restrição no acesso ao crédito. Segundo os advogados, isso foi um impeditivo para a empresa continuar operando de maneira normal.
“O excesso de endividamento, a baixa lucratividade decorrente do fechamento de seus restaurantes por diversos meses, em função da covid-19, e a impossibilidade de obtenção de novas linhas de crédito, comprometeram a capacidade de as requerentes honrarem seus compromissos financeiros”, diz o documento.
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Subway se manifesta
“Desde outubro de 2023, o contrato de franquia master da Subway para o Brasil, com uma
das afiliadas da Southrock, foi rescindido e a Subway retomou o controle de suas operações no país.
Dessa forma, o pedido de recuperação judicial apresentado por algumas
entidades do grupo Southrock afeta apenas tais entidades e não diz respeito à Subway
Corporate.
A Subway continua totalmente comprometida com o crescimento e o sucesso a longo prazo
dos franqueados no país, além de garantir que os clientes continuem a desfrutar de comida
deliciosa, de alta qualidade e feita na hora.”
Gabriel de Souza é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob supervisão de Edilson Salgueiro
Isso é um precedente perigoso pro capitalismo.
CEO não é empresa e a empresa que deve ser punida com qualquer prejuízo.
Quem escolheu o CEO foi o investidor.
Estão misturando alhos com bugalhos.