Agentes do Ministério Público de São Paulo e do Ministério Público de Alagoas iniciaram nesta quarta-feira, 12, uma operação contra a sonegação de impostos no Estado de São Paulo. Um grupo de empresários que atua no ramo de plásticos estaria envolvido. O prejuízo aos cofres públicos é de aproximadamente R$ 200 milhões. A Justiça expediu 52 mandados judiciais, sendo 38 de busca e apreensão e 14 de prisão. Também são alvos advogados e contadores. Conforme denúncias, o esquema valia-se de notas fiscais fraudulentas. No total, foram 20 documentos “frios”, no valor de R$ 4 bilhões, sem haver o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS.
De modo a burlar a legislação, os empreendedores supostamente criaram empresas fantasmas. Com isso, teriam simulado operações interestaduais com Alagoas. A entrada de mercadorias de outro Estado gera créditos tributários que beneficiam os envolvidos na operação. Todos os alvos da ação de hoje moram em São Paulo. São 23 endereços em cidades da Região Metropolitana ou no interior do Estado: Guarulhos, Sorocaba, Votorantim, Indaiatuba e Pilar do Sul. Ao menos oito pessoas já foram presas. Mais de 200 profissionais foram acionados pela Justiça, com a finalidade de desbaratar o esquema. A Secretaria de Fazenda e o Departamento de Operações Estratégias participam da ação.
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