Lucro da Globo encolhe 33% em um ano

Maior e mais tradicional empresa de comunicação do país, a Globo registrou lucro líquido de R$ 838,7 milhões em 2023. O valor é 33% inferior ao registrado em 2022, quando a companhia faturou cerca de R$ 1,2 bilhão. 

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A empresa encerrou 2023 com uma receita líquida de vendas, publicidade e serviços de R$ 15 bilhões. Também fez cortes de custos de 11%, principalmente pelo fato de não ter investido na Copa do Mundo da Fifa, por exemplo. 

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De acordo com o diretor Manuel Belmar, responsável pelas áreas de finanças, infraestrutura, jurídico, produtos digitais e canais pagos da Globo, o desempenho de 2023 contou com um aumento de 48% na margem bruta, um indicador financeiro que mostra quanto uma empresa ganha para cada item vendido. 

“O crescimento da margem foi algo bem importante”, avaliou Belmar ao Valor Econômico.

O diretor disse que, do ponto de vista de balanço, “a Globo está confortável com um caixa que equivale a quase três vezes a dívida”. Segundo ele, em dezembro, o caixa era de R$ 14,2 bilhões, enquanto a dívida líquida era de R$ 5,1 bilhões.

Conteúdo e publicidade sustentam a receita da empresa, mas os resultados divergiram. A receita com publicidade cresceu 2%, mas o conteúdo amargou uma redução de 6%, resultado da tendência de queda na TV paga. 

Baixa na TV paga tradicional

Belmar disse que o portfólio de produtos na área de conteúdo, incluindo a plataforma de streaming Globoplay e os canais por assinatura Premiere e Combate, cresceu em assinaturas e em receitas, o que permitiu equilibrar a baixa na TV paga tradicional.

Belmar acrescentou que o desempenho da Globo vem sendo garantido em um ambiente digital competitivo: “É uma arena de difícil competição, mas na qual temos conseguido crescer, e, portanto, os resultados são animadores.” 

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O Globoplay tem sido importante nessa estratégia como um marketplace que distribui todos os conteúdos da Globo. “Queremos ultrapassar os mais de 300 milhões de horas mês de consumo na plataforma”, planeja Belmar. 

Neste ano, a empresa quer investir R$ 5 bilhões em conteúdo e tecnologia.